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Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Quinta - 11 de Novembro de 2010 às 21:19

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O goleiro Bruno Fernandes de Souza disse nesta quinta-feira no seu primeiro depoimento sobre o caso do desaparecimento e possível morte de Eliza Samudio que deu R$ 30 mil para sua ex-amante antes que ela fosse embora do sítio, sem o bebê. Segundo Bruno, Eliza disse que iria para São Paulo.

Bruno disse que Eliza pediu que ele cuidasse do bebê Bruninho por sete dias e que ele concordou em ficar com a criança. Alegou que já o considerava pai do bebê naquele momento. Durante o depoimento, disse que Bruninho é "99,9%" filho dele.

O goleiro disse que convenceu sua mulher, Dayanne Souza, a ficar cuidando de Bruninho, já que ele iria no dia seguinte para o Rio acompanhando a excursão do time de futebol de Ribeirão das Neves (MG), partida ocorrida no dia 13 de junho.

Ele declarou à juíza Marixa Rodrigues, do Tribunal do Júri de Contagem, que fez o pagamento no dia 9 de junho, quatro dias após ela chegar a Belo Horizonte, vinda do Rio.

No começo do seu depoimento, ele dissera que Eliza cobrava dele R$ 50 mil e que aceitou pagar R$ 30 mil, que era o dinheiro que ele dispunha em Minas. Por suspeitar que ele poderia não pagá-la, Eliza decidiu viajar com eles para Belo Horizonte, alegou o réu.

Após pagá-la, disse Bruno, Eliza teria pedido para ficar mais uma noite no sítio do goleiro em Esmeraldas (MG). A mulher de Bruno chegou ao sítio com as duas filhas que tem com o goleiro, onde pernoitou do dia 9 para o dia 10 de junho.

No dia 10, por volta das 17h, Eliza deixou o sítio com Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e o seu primo adolescente --o primeiro punido com medida socioeducativa pela Justiça em Minas.

Antes de pegar a "carona" com Macarrão, disse Bruno, Eliza se despediu dele, do seu primo Sérgio Sales e de Bruninho. E deixou com ele os pertences do filho.

Em vários outros depoimentos, contudo, os réus disseram que Eliza deixou o sítio com Bruninho no colo e que, quando Macarrão e o primo adolescente voltaram, traziam o bebê, sem a mãe. No seu depoimento, Dayanne disse que ainda perguntou a eles pela mãe da criança.

Bruno disse que Macarrão alegou que a deixara em um ponto de táxi quando ia para a casa da sua mãe lhe entregar dinheiro. Bruno disse não ter perguntado detalhes sobre isso quando eles retornaram.

A juíza quis saber se ele sabia o que Eliza iria fazer em São Paulo. Ele disse que chegou a perguntar se ela tinha alguma dívida ou algum problema. E acrescentou depois, sem saber para qual cidade de São Paulo iria: "Ela não entrou em detalhes comigo. Falou que iria para São Paulo".

A juíza perguntou, então, se Bruno sabia o número do celular de Eliza. Disse que não sabia.

SEQUESTRO

Bruno negou sempre que tenha sequestrado Eliza. Disse que todo o tempo que ela esteve no sítio ela ficou livre para fazer o que quisesse. Disse que ela foi à partida de futebol que jogaram em Ribeirão das Neves e ficou nas arquibancadas assistindo.

Disse que ela e Bruninho estavam sob seus cuidados, que não corriam nenhum perigo e justificou o fato de ter dado carona a um policial militar próximo a Juiz de Fora, quando vinha do Rio, como uma espécie de álibi para derrubar a tese do sequestro.

"Dizem que a menina foi sequestrada. Quem está sequestrando uma pessoa não dá carona para terceiros", disse Bruno, que viajava em um BMW X5, enquanto Eliza e o bebê estavam em outro carro, uma Rand Rover, dirigida por Macarrão, onde a perícia técnica encontrou sangue de Eliza.

Todo esse caso começa com o fato de Bruno não assumir a paternidade de Bruninho, conforme alegara Eliza, e sempre se negar a fazer o exame de DNA.






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