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Saúde
Terça - 02 de Novembro de 2010 às 09:48

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Cientistas americanos descobriram que pessoas que vivem em áreas com altos níveis de poluição de manganês apresentam risco 78% maior de desenvolver doença de Parkinson do que aquelas que vivem em áreas livres dessa poluição. Altos níveis de cobre também elevam os riscos em 11%.

Para realizar o estudo, os pesquisadores da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, avaliaram as emissões de diversas fábricas, mas apenas de áreas urbanas, segundo o professor de neurologia Allison Willis Wright, autor do estudo.

- Desde 1988, qualquer indústria que libera mais do que uma quantidade pré-definida de qualquer um dos 650 produtos químicos no meio ambiente tem de comunicar suas emissões a um órgão do governo. Usamos esses dados para construir uma relação de áreas com altos níveis de manganês, cobre e poluição por chumbo em comparação a regiões com pouca ou nenhuma liberação desses elementos.

Após identificar 35 mil pacientes de Parkinson nas áreas escolhidas, os pesquisadores observaram que, nas regiões com pouca ou nenhuma poluição de manganês, cobre ou chumbo, 274 novos casos do mal de Parkinson por 100 mil pessoas. Nas áreas com alta poluição de manganês, esse número subiu para 489,4, e em áreas com níveis altos de cobre, aumentou para 304,2.

O estudo não encontrou relação entre as emissões de chumbo e um aumento significativo de Parkinson. No entanto, Willis afirma que vários estudos anteriores já fizeram essa relação. Ela especula que outras fontes de chumbo, além das emissões industriais – como a contaminação da água - pode ter uma influência mais forte sobre o risco do mal de Parkinson.

Apesar desses resultados, a pesquisadora afirma que não há um só grupo industrial que seja o vilão.

- O manganês, cobre e chumbo são liberados por várias indústrias, como tabaco, alimentos, bebidas, produtos de madeira, vestuário e mobiliário. Além de fabricantes de produtos elétricos, da informática, metalúrgica, química, mineração e metais.

Os cientistas ficaram supresos com o fato de que muitas das áreas com poluição elevada são regiões de classe média e alta, e não de nível mais baixo.

- Esses poluentes estão por toda parte. É preciso observar seus efeito de forma mais minuciosa.





Fonte: Do R7

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