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Sexta - 22 de Outubro de 2010 às 09:24
Por: Romilson Dourado

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O executivo Eder de Moraes, da Casa Civil, é o único dos 23 secretários do governo Silval Barbosa que conta com quatro policiais militares à disposição para o trabalho de segurança 24 horas por dia tanto para ele, quanto à esposa e aos filhos. Essa situação privilegiada foi debatida pelo Conselho dos Coronéis da PM e do Corpo de Bombeiros, na quarta, no Comando-Geral. Estavam presentes 24 coroneis. Eles lançaram,  inclusive em ata, questionamentos sobre o assunto ao comandante-geral da Polícia Militar, Osmar Lino Farias, que havia chegado para a reunião mas, em seguida, teve de deixá-la por causa de um compromisso que surgiu de última hora.

A lei não permite que secretário tenha segurança pelo Estado, a não em caso de sofrer ameaças de morte ou mediante pedido de proteção por alguma outra razão. O secretário de Justiça e Segurança Pública Diógenes Curado conta com um segurança por força do cargo que tem, entre as atribuições, combater o crime organizado. No caso de Éder, segundo questionou o Conselho de Coroneis, são quatro PMs que poderiam estar atuando na rua, no trabalho ostensivo e em defesa da sociedade, mas que foram destacados para atender especialmente o secretário-chefe da Casa Civil. Eder passou a andar com seguranças à paisana desde quando foi remanejado da Fazenda para a Casa Civil, com a transição do governo Blairo Maggi para Silval.

O Conselho registrou em ata que o policial identificado pelo prenome Camarão é quem leva e busca os filhos do secretário na escola. Outros ajudam a família nas compras em supermercado e em outros afazares particulares. Na próxima reunião, o comandante-geral deve se pronunciar oficialmente acerca do assunto. Dirá se Eder tem ou não amparo legal para usufruir de tais privilégios. A corporação é composta por cerca de 6 mil policiais militares, insuficientes para atender a demanda em um Estado com 3 milhões de habitantes, espalhados por 141 municípios, e que aparece nas estatísticas como um dos mais violentos do país.

Eder conseguiu "sobreviver" no primeiro escalão, mesmo com o escândalo do superfaturamento do maquinário, que "explodiu" no início da campanha eleitoral e resultou na queda dos então secretários Vilceu Marchetti (Infraestrutura) e Geraldo de Vitto (Administração). Na época, Eder conduzia a pasta da Fazenda. Assim que assumiu a cadeira de governador, Silval o remanejou à Casa Civil. O governador concluiu que o interlocutor do Paiaguás não teve culpa nas negociações que apontaram superfaturamento de R$ 44 milhões e, por isso, o manteve como secretário.





Fonte: RD News

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