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Terça - 19 de Outubro de 2010 às 15:26

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O diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Trasportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, afirmou que, pela primeira vez, o órgão está preparado para fazer a manutenção das rodovias federais no período de chuva, que teve início este mês em grande parte do país.

"É a primeira vez em que estamos efetivamente preparados em termos de manutenção rodoviária para enfrentar as chuvas. Com esse tipo de contrato [do Programa de Conservação, Restauração e Manutenção de Rodovias, o Crema], que vincula restauração e manutenção pelo prazo de dois anos, induzimos as empresas a ficarem mais atentas para a qualidade dos serviços [na etapa de restauração], a fim de evitarem, posteriormente, maiores gastos com manutenção", disse hoje (19) em entrevista à Agência Brasil o diretor-geral.

Segundo ele, os contratos nesse formato foram intensificados a partir de 2008. "Nosso objetivo é evitar obras emergenciais, que são mais caras e feitas por meio de contratos sem licitação", acrescentou. "Claro que, em um país com o nosso, há sempre o risco de haver problemas de enchentes, como a de Alagoas, que são imprevisíveis", completou Pagot.

O Dnit já finalizou o projeto executivo do Crema 2, previsto para ser implementado a partir do ano que vem. Ele ampliará de dois para cinco anos o prazo de manutenção das rodovias licitadas. A primeira versão abrangia 32 mil quilômetros, a um custo médio de R$ 250 mil por quilômetro. O Crema 2 prevê a conservação de 26 mil quilômetros, a um custo médio de R$ 550 mil.

Pesquisa feita bimensalmente pelo Dnit indica que 87% dos 56 mil quilômetros de rodovias federais pavimentadas sob responsabilidade do órgão estão em situação satisfatória (57%) ou boa (30%) e apenas 13% estão em situação ruim.

De acordo com o diretor-geral, foi possível chegar a esse índice graças a um plano iniciado em julho de 2008, por meio do Programa Nacional de Manutenção Rodoviária. "Esse plano trouxe no seu bojo R$ 21 bilhões em obras de manutenção, a serem investidos entre 2009 e 2014, divididos nos programas Conserva e Restaura e, principalmente, nos contratos das duas versões do Crema."

Segundo ele, o Conserva é um programa simples, que visa apenas à limpeza de acostamentos, à desobstrução de canaletas e ao corte da mata ao redor das pistas, além de tapar eventuais buracos. O custo máximo desse programa é de R$ 60 mil por quilômetro ao ano.

Pagot disse que o Restaura é programa bem mais abrangente, porque faz a restauração rodoviária nos trechos mais problemáticos, a um custo que, em geral, fica entre R$ 900 mil e R$ 1 milhão por quilômetro ao ano. "Ele substitui pavimento, melhora acostamento e acrescenta materiais para revigorar o asfalto."

O diretor-geral destacou que a diferença entre as versões do Crema e os programas anteriores é que elas foram feitas a partir de projetos para, depois, as obras serem licitadas. "Assim, representam uma solução adequada para cada tipo de pavimento", acrescentou.






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