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Repórter News - reporternews.com.br
Saúde
Quinta - 30 de Setembro de 2010 às 13:23
Por: Patrícia Sanches

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Cerca de 500 servidores do Hospital Universitário Júlio Muller já estão em estado de greve desde esta quarta (29) e vão cruzar os braços na próxima segunda (4). Enfermeiros, nutricionistas, farmacêuticos e todos os funcionários efetivos, com exceção dos médicos, decidiram deflagrar a paralisação devido às péssimas condições de trabalho. “Para se ter uma ideia, nesta quinta (30), por exemplo, o refeitório teve que ser fechado por falta de condições”, pontuou a coordenadora do Sintuf Ana Bernadete Almeida.

Conforme a sindicalista, a decisão foi tomada durante assembleia-geral devido ao fato dos servidores estarem trabalhando precariamente e sendo obrigados a cumprir jornadas de trabalhos abusivas. “Existem pessoas que trabalham por 72 horas, sem folga. Além disso, muitos funcionários não recebem insalubridade”, reclama Bernardete. 

Ela pontua ainda, que os funcionários são vitimas de assédio moral, que há falta de controle sobre a distribuição de plantões e que os servidores também não possuem segurança alguma, sendo, inclusive, vítimas de assaltos e até feitos de refém por bandidos. “Queremos a substituição da gerência de enfermagem e saber quando vão ocorrer as novas eleições para os cargos de chefia”, pontua a sindicalista. Outra reivindicação feita pela classe, é o cumprimento de jornada de trabalho de apenas 30 horas e não 40 horas, conforme prevê a legislação federal. "Diferentemente de outras pessoas que cumprem 4 horas, fazem uma pausa e cumprem outras 4 horas, nosso plantão é com o tempo sorrido", argumenta Ricardo de Paula Lisita, membro do sindicato.

Os servidores federais garantem ter tentado negociar com a reitora da UFMT Maria Lúcia Cavalli Neder, mas, enfatizam, que devido a intransigência as conversas não avançaram. “Nós fizemos uma reunião na quarta, mas não houve uma solução para os dois oficios, que havíamos enviado”, ponderou Ricardo. Como pelo menos 300 enfermeiros devem cruzar os braços por tempo indeterminado, a tendência é que o atendimento no hospital entre em colapso até que todos cheguem a um consenso. De todo modo, por enquanto, vai ser mantido 30% dos trabalhos. Também continuam trabalhando os servidores cedidos pelo Estado e os médicos. 





Fonte: RD News

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