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Saúde
Terça - 28 de Setembro de 2010 às 18:51

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Mais uma vez o Incor tem representatividade institucional majoritária no Congresso da Sociedade Brasileira de Cardiologia, que termina nesta quarta-feira (29), em Belo Horizonte/Minas Gerais. Contando com as áreas médica, de enfermagem e de nutrição, o Incor é responsável pela apresentação de 47 trabalhos científicos da melhor qualidade – veja a lista completa dos trabalhos. No site do Incor, você pode conhecer os resumos de alguns dos estudos de destaque.

O Centro de Pesquisa Café-Coração, por exemplo, levou para o congresso dois estudos sobre o impacto do consumo regular de café na hipertensão (1) e em outros componentes do metabolismo (2), como o colesterol e a glicemia. A boa notícia é que o consumo do café não altera significativamente nenhum desses parâmetros de saúde cardiovascular, segundo o estudo do Incor cuja metodologia de pesquisa é inédita mundialmente.

A equipe do MASS – Medicine Angioplasty Surgery Study, por sua vez, apresentou os resultados de 10 anos do estudo MASS II, que busca avaliar qual seria a melhor terapia para as doenças das coronárias: o tratamento clínico (apenas com a intervenção de medicamentos), a angioplastia ou a cirurgia cardíaca. Recente edição da revista Circulation traz publicado o artigo sobre a pesquisa MASS II. Os resultados foram julgados de tal relevância que mereceram editorial da revista sobre o artigo.

A análise de dez anos do MASS II concluiu que a taxa de mortalidade é muito semelhante nos três grupos de pacientes – clínico, angioplastia e cirurgia – e gira em torno de 1,5% ao ano. Um dado que chama atenção do coordenador do estudo é que dos 42% de pacientes do grupo clínico que teriam, em uma primeira análise, a indicação de cirurgia mas não foram, afinal, submetidos a ela, não apresentaram qualquer tipo de complicação cardíaca ao longo de dez anos. É um índice bastante alto e mostra que a indicação de cirurgia não deve ser, a princípio, a primeira alternativa de tratamento.

Entre os estudos apresentados pelo Incor na área de diagnóstico, está uma pesquisa inédita que redefine o uso do escore de cálcio para afastar risco cardíaco imediato em situações de emergência cardiológica. O cálculo da quantidade de cálcio nas artérias coronárias é um exame de última geração considerado pela medicina como um dos indicadores mais precisos de risco cardíaco.

A popularização do exame tem levado muitos serviços de emergência e clínicas, no mundo todo, a utilizar esse indicador para afastar a hipótese de infarto ou angina iminente em pacientes com dor torácica. Nessa situação, muitas vezes o médico identifica o escore de cálcio baixo ou nulo como um passaporte para que o problema não seja considerado preocupante pela equipe médica. Se essa interpretação é correta para a grande maioria dos pacientes, inclusive para prever riscos futuros; para 20% deles, no entanto, ela pode ser fatal. É o que mostra o estudo do Incor, em conjunto com centros de pesquisa de nove países, publicado na edição de fevereiro do JACC – Journal of American College of Cardiology.






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