Seduc abre sindicância para apurar suposto favorecimento

A Secretaria de Educação do Estado (Seduc) abriu uma sindicância interna para apurar suposto uso do órgão para favorecer a campanha eleitoral do deputado estadual Ságuas Moraes e do deputado federal Carlos Abicalil (PT).

A medida foi determinada pela secretária de Educação Rosa Neide de Almeida, publicada no Diário Oficial de sexta-feira, que circulou ontem. Na semana passada a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na Secretaria para apurar suposto crime eleitoral. As irregularidades seriam, em tese, o uso de materiais, serviços e bens custeados ou pertencentes à Secretaria para fazer campanha dos dois candidatos.

Até março deste ano a Seduc era comandada pelo deputado Ságuas Moraes. Ele esteve no comando da Pasta por aproximadamente três anos e só deixou o cargo para ser candidato a deputado federal. Já o deputado federal Carlos Abicalil, candidato a senador nesta eleição, é do mesmo grupo político que Ságuas no PT, tendo os dois estreita ligação.

Foram apreendidos computadores e alguns documentos que serão periciados pela PF. O advogado Gustavo de Faria Moreira Teixeira, servidor efetivo da assessoria jurídica da Seduc, foi designado para investigar o caso. Ele tem 10 dias para iniciar os trabalhos e prazo de 30 dias para conclusão.

Na mesma semana da operação de busca e apreensão na Seduc, mais um revés para Ságuas. Ele foi detido em flagrante por crime eleitoral em Arenápolis. A denúncia era de que ele estaria oferecendo almoço a eleitores, o que é proibido pela Justiça Eleitoral. O petista explicou que o almoço era apenas para militantes filiados do PT e também para um número “reduzido” de pessoas.