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Saúde
Sábado - 25 de Setembro de 2010 às 07:25

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O medicamento genérico Rivastigmina, para combate ao mal de Alzheimer, será distribuído gratuitamente no País, a partir de 2011. O remédio será produzido pelo Instituto Vital Brasil (IVB), de Niterói, no Rio de Janeiro, estará disponível na rede do Sistema Único de Saúde (SUS), segundo informou a entidade nesta sexta-feira.

O medicamento em cápsula já está em fase de testes e, até abril do ano que vem, começa a ser produzido para o Ministério da Saúde, em uma parceria entre o IVB e a Laborvida, empresa que venceu a licitação pública. A gerente de desenvolvimento de produção de medicamentos do IVB, Tereza Lowen, afirmou que o medicamento na forma de solução oral terá um lote piloto em outubro deste ano.

No entanto, somente após os testes de equivalência farmacêutica, o medicamento poderá obter o registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Tereza acredita que a solução oral do Rivastigmina chegará ao mercado no segundo semestre de 2011.

O IVB será o único laboratório oficial a produzir esse medicamento para o governo federal. Atualmente, o Ministério da Saúde compra o remédio de uma empresa privada. Com a produção pelo IVB, o custo deve baixar.

Valor
Hoje, um frasco de 120 ml do remédio, suficiente para poucas doses, custa, nas farmácias e drogarias, mais de R$ 400. Para o ministério, o frasco da solução oral sai por R$ 202,39.

O preço do medicamento em caixas com 28 cápsulas varia, para o governo, de R$ 2,58 por unidade de 1,5 miligrama até R$ 3,40 por cápsula de 6 miligramas. Segundo a especialista do IVB, são necessárias, em média, 2 doses diárias por paciente. "Normalmente, você começa o tratamento com uma dose baixa de 1,5 miligrama e vai aumentando gradativamente até chegar a 6 miligramas".

A incidência da doença de Alzheimer é grande no Brasil, atinge entre 4% e 5% das pessoas com mais de 65 anos. Depois dos 90 anos, acomete 50% das pessoas. No País, cerca de 1,2 milhão de pessoas sofrem do mal.

O mal de Alzheimer é uma doença degenerativa, ainda sem cura, que age de maneira silenciosa. Se caracteriza pela perturbação de várias funções cognitivas (relacionadas ao cérebro), entre as quais memória, atenção, aprendizado, orientação e linguagem. Os sintomas, em geral, são acompanhados por deterioração da parte emocional, da motivação e do comportamento social.

Segundo Tereza, a medicação reduz o ritmo de evolução da doença. "Faz com que a evolução fique mais lenta e melhora a parte cerebral. Melhora o desempenho do idoso nas questões de memória, de locomoção", disse.





Fonte: Terra

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