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Brasil Eleições 2012
Sábado - 18 de Setembro de 2010 às 19:03

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O senador Álvaro Dias (PSDB-PR), líder da oposição no Senado, disse neste sábado que pretende apresentar na segunda-feira um requerimento à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) convidando a candidata petista à presidência da República, Dilma Rousseff, a prestar esclarecimentos.

"À época dos acontecimentos que foram relatados hoje na imprensa, quem era ministra da Casa Civil era Dilma Rousseff, e não Erenice Guerra", disse o senador, em entrevista à imprensa.

Álvaro Dias reconhece que, apesar do convite, existe a possibilidade de Dilma Rousseff não comparecer ao Senado para dar explicações, já que ela não é mais ministra e não cabe convocação obrigatória pela Casa.

"Não tenho nenhuma ilusão de que ela aceitará o convite, mas faria muito bem se aceitasse. Ela tem explicações a dar e não deve se esconder e terceirizar a responsabilidade".

Sobre a possibilidade de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as denúncias, o senador disse que a possibilidade é sempre presente, mas que não há clima no Senado para isso. "O ambiente que se criou no Senado desestimula a instalação de CPI. O governo aprendeu a dominar de forma absoluta, temos receio de gerar falsa expectativa na população", disse.

Álvaro Dias acredita que a divulgação de novos escândalos na Casa Civil, com evidências de cobranças de propinas, deverá ter conseqüências eleitorais. "É subestimar a inteligência dos brasileiros achar que isso não terá reflexo eleitoral". Ele disse acreditar que haverá segundo turno na disputa pela presidência da República.

O senador também informou que irá conversar com os advogados do partido sobre a possibilidade de apresentar adendos à representação que o PSDB já enviou ao Ministério Público para que o órgão investigue a ocorrência de lobby na Casa Civil. "O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse que investigará, mas há fatos novos", disse.

O líder da oposição no Senado também criticou o governo por causa da denúncia de que teria havido propina na negociação para a compra do Tamiflu, tratamento para a epidemia de gripe A, ocorrida no ano passado.

"Enquanto brasileiros morriam vitimados pela gripe A, no governo instalavam um balcão de negócios para aquisição da vacina. Como alguém pode pretender ser presidente sem ver um propinoduto instalado um palmo à frente do seu nariz?", questionou. 






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