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Economia
Quinta - 22 de Agosto de 2013 às 14:58

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As ações da Petrobras estão em alta nesta quinta-feira (22), em meio a notícias de que o governo federal teria decido elevar novamente os preços da gasolina e do óleo diesel neste ano.


 
Por volta das 13h10, a ação ordinária (PETR3), que dá direito a voto, subia 3,76%, a R$ 17,13. A ação preferencial da estatal (PETR4), que dá prioridade na distribuição dos dividendos, avançava 3,4%, a R$ 17,93.


 
Mais cedo, as altas foram maiores (a ordinária chegou a 6,18%, e a preferencial, a 4,79%), mas a alta reduziu o ritmo depois que o governo negou ter estudado reajuste nos preços de combustíveis.


 
Pelo Twitter do Planalto, no meio da manhã, o governo negou as informações. "O porta-voz da Presidência, Thomas Traumann, negou, hoje, que a presidenta Dilma tenha discutido reajuste nos preços dos combustíveis", diz o post na rede social de microblog.


 
A suposta decisão de aumentar o preço dos combustíveis teria surgido pela intensificação da alta do dólar contra o real, que tem pesado sobre as contas da Petrobras.


 
A forma em que o reajuste aconteceria não teria sido definida. O jornal "O Estado de S. Paulo" publicou sem citar fontes que "o reajuste deve ficar na casa de um dígito para os dois produtos, mas o martelo ainda não está batido quanto ao momento ideal para a alta dos preços".


 
A decisão de reajuste teria sido tomada em reunião ocorrida na véspera entre a presidente Dilma Rousseff, a presidente da Petrobras, Graça Foster; e os ministros da Casa Civil, Gleisi Hoffmann; e do Desenvolvimento, Fernando Pimentel.


 
A Folha publicou que "a desvalorização cambial não deixa muitas alternativas, e auxiliares presidenciais dizem ser muito difícil fugir de um aumento nos próximos meses".


 
A Petrobras "chegou a propor um reajuste escalonado, para diluir o impacto inflacionário, mas não tem esperança de um aumento que compense integralmente a desafagem (entre preços internos e internacionais dos combustíveis)", segundo o jornal.


 
Questionado sobre um eventual aumento dos combustíveis, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou no último dia 16 que os reajustes nos preços dos combustíveis no Brasil ocorrerão periodicamente. "Essa é, digamos, a regra", disse a jornalistas, acrescentando que os aumentos não são anunciados com antecedência.


 
O aumento nos preços é cobrado pela Petrobras, como forma de alinhar os preços internos de derivados de petróleo aos valores internacionais, cotados em dólar.


 
O diesel foi reajustado duas vezes este ano pela Petrobras--com altas de 6,6% em janeiro e 5% em março--, enquanto a gasolina teve uma alta de 5,4% janeiro.


 
Na gasolina, o governo tentou amenizar o impacto sobre a inflação com aumento na proporção de etanol misturado no combustível, de 20% para 25%, mas a decisão só foi executada em maio.


 
O impacto do aumento dos combustíveis sobre a inflação tem sido uma preocupação constante do governo.


 
Em 2012, quando a Petrobras anunciou reajustes, o governo reduziu a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) até ela ser zerada para os combustíveis, com o objetivo de neutralizar os impactos dos aumentos para o consumidor final e, desse modo, para a inflação.




Fonte: Do UOL

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