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Quinta - 22 de Agosto de 2013 às 08:59
Por: PRISCILLA VILELA

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A apresentação do relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou os motivos da derrocada do MT Saúde à Assembleia Legislativa foi mais uma vez adiada. Desta vez, os parlamentares preferiram não colocar o assunto em pauta em meio à “euforia” causada pelo jogo do Corinthians contra o Luverdense, que ocorreu em Lucas do Rio Verde. 
 
O texto está pronto e aprovado pela própria Comissão desde o dia 2 de julho e deveria ter sido entregue à mesa diretora ontem, o que não ocorreu por que a sessão noturna realizada todas as quartas-feiras foi antecipada para o período da manhã. 
 
A expectativa é que hoje, enfim, o relatório produzido pelo deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR) seja apresentado. A apreciação em si, no entanto, ainda vai depender do aval do presidente da AL, deputado Romoaldo Júnior (PMDB), responsável por incluí-lo na pauta. 
 
A demora na votação atrasa o início do processo de revitalização do MT Saúde. Isso porque, embora o projeto já esteja pronto, ele só deve ser apresentado após a aprovação das conclusões da CPI. 
 
Segundo o próprio Emanuel, o relatório contém 48 propostas para a reformulação. “São indicações propositivas, visando à melhoria. Se não fosse a CPI, o MT Saúde não teria resistido”, diz. 
 
O secretário estadual de Administração, Francisco Faiad (PMDB), já afirmou, contudo, que o novo modelo de gestão do plano já está pronto e deve ser apresentado à AL ainda este mês. 
 
Se não for aproveitado para reestruturar o MT Saúde, o relatório, ao menos, servirá como base para novas investigações sobre um suposto desvio de recursos que teria gerado um rombo de R$ 25 milhões no orçamento do instituto. 
 
Segundo o presidente da CPI, deputado Walter Rabello (PSD), o texto será encaminhado à Delegacia Fazendária (Defaz) e ao Ministério Público Estadual (MPE), que devem dar continuidade às investigações e prosseguimento às eventuais sanções aos indiciados. “A Defaz tem poder de polícia e vai poder instaurar inquérito e investigar”. 
 
CULPADOS – A CPI apontou que quatro pessoas, entre elas o ex-presidente do MT Saúde Gelson Smorcinski, foram culpadas pela situação de calamidade a qual o plano chegou no final do ano passado. Além dele, Marcelo Marques, João Enoqui da Silva e Washington Luiz da Cruz, sócios da empresa Saúde Samaritano, administradora do MT Saúde entre 2011 e 2012, foram citados. 
 
A vice-presidente da Comissão, deputada estadual Luciane Bezerra (PSB), no entanto, produziu um relatório paralelo em que indiciou 25 pessoas, entre elas os ex-secretários de Administração, Cezar Zílio, e de Turismo, Yuri Bastos. O texto, contudo, foi rechaçado pelos demais membros da CPI. 
 
A socialista já entregou o voto, que tem mais de mil páginas, ao Ministério Público. Disse também que pediria que ele fosse anexado ao relatório oficial no momento de protocolá-lo à mesa diretora. Apesar disso, Emanuel Pinheiro (PR) diz que o texto dela não entrará em discussão porque esta iniciativa não teria sido adotada.





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