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Cidades/Geral
Sábado - 21 de Agosto de 2010 às 11:01
Por: Sissy Cambuim

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Investigado por suspeita de envolvimento em crime de abuso sexual contra menores, o juiz da Infância e da Juventude de Paranatinga, Fernando Márcio Marques de Sales, que foi afastado do cargo na última quarta (18), resolveu quebrar o silêncio. “Silenciei-me até então por não ter condições emocionais mínimas de me manifestar, porém destaco com veemência que minha consciência está tranquila, serena, pois sou ciente do que fiz e, principalmente, do que não fiz”, declarou.

Ele ressalta que mesmo que não tivesse sido obrigado a deixar a função temporariamente, teria requerido o afastamento até a apuração necessária dos fatos. Além do afastamento, o Tribunal de Justiça (TJ) cancelou a portaria que determinava sua transferência para acumular as comarcas de Cotriguaçu e Colniza.

As acusações tiveram início com um denúncia formulada por uma mulher à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia, instaurada pelo Senado. A Polícia Federal investigou o caso e encaminhou o material ao TJ, que o apura em sigilo. “Os fatos que envolvem meu nome foram colocados de maneira totalmente inverídica e estão sendo apurados em segredo de Justiça. No entanto, a exposição do meu nome, antes de finalizadas as investigações, denigrem de forma irreparável a minha vida pessoal”, afirmou o magistrado.

   Eis, abaixo, a íntegra da nota enviada pelo juiz Fernando Sales:
   "Primeiramente, agradeço a todos que manifestaram apoio nesse difícil momento pessoal e profissional e, principalmente, a Deus.
   Ressalto que os fatos que envolvem meu nome, lamentavelmente, foram colocados de maneira totalmente inverídica e estão sendo apurados, em segredo de Justiça, pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso; no entanto, a exposição do meu nome, antes mesmo de finalizadas as investigações e de um pronunciamento judicial definitivo, denigrem de forma irreparável a minha vida pessoal, meu casamento, a relação com meus filhos, minha vida profissional, honra e minha imagem.
   Encontro-me atualmente afastado do cargo de magistrado e mesmo que não o fosse, requereria tal afastamento temporário, para que a apuração necessária seja realizada de forma legal, proba e desvinculada de qualquer sugestão de mácula, esperando que sejam os procedimentos levados até as últimas consequências, na busca da verdade real.
   Silenciei-me até então por não ter condições emocionais mínimas de me manifestar, porém destaco com veemência que minha consciência está tranqüila, serena, pois sou ciente do que fiz e, principalmente do que não fiz."
   Paranatinga, 21 de agosto de 2010.
   Fernando Márcio Marques de Sales
   Juiz de Direito





Fonte: RD News

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