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Cidades/Geral
Sábado - 17 de Agosto de 2013 às 07:21

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A indicação do secretário de Assuntos Estratégicos de Cuiabá em Brasília, Rodrigo Figueiredo, para um cargo no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) culminou em uma greve nacional dos fiscais agropecuários, que teve início à meia-noite. 


 
A categoria é contra a posse do advogado mato-grossense no comando da secretaria nacional de Defesa Agropecuária por entender que o posto deveria ser ocupado por alguém com perfil técnico. 


 
Segundo o delegado do Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) no estado, Nilo Silva Nascimento, o titular da Pasta é responsável por gerenciar todo o setor agropecuário do país, além de representar o Brasil em fóruns mundiais voltados para o assunto. 


 
“Mas não é só o conhecimento técnico que está em jogo, há também o fato de a indicação ter sido feita por grupos empresariais. Assim, a atuação fica comprometida a atender determinados interesses”, diz. 


 
No site do sindicato, uma nota de repúdio aponta Figueiredo como um “intruso na secretaria” e diz que sua nomeação tem como objetivo atender apenas a fins eleitoreiros. 


 
“Há tempos, o cargo de secretário de Defesa Agropecuária está no radar de partidos políticos e entidades do setor produtivo, que disputam sua indicação. Recentemente, buscaram, sem sucesso, nomear o empresário Pedro de Camargo Neto. Outra corrente, ligada aos produtores, defendia a permanência do antigo secretário, Ênio Marques. A discussão, por envolver setores com interesses tão peculiares, é imoral e fere os interesses sociais”, diz trecho. 


 
O ANFFA Sindical ainda aponta que Figueiredo teria chegado ao cargo por interferência do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB/RJ), mas não revela que interesses o parlamentar poderia ter com a nomeação. 


 
“Nós tínhamos começado a avançar nesta questão das indicações de secretários, mas com a chegada do novo ministro [Antônio Andrade] houve um retrocesso”, diz Nascimento, em referência à substituição do deputado federal Mendes Ribeiro Filho (PMDB/RJ) no comando do Ministério em março deste ano. 


 
Figueiredo sequer chegou a tomar posse do posto. A previsão é que ele assuma o cargo dentro de 30 dias. Enquanto isso, ainda responde como titular do escritório da Prefeitura de Cuiabá em Brasília. 


 
Apesar de ainda não ter um substituto para o secretário, o prefeito Mauro Mendes (PSB) comemorou a indicação. Disse acreditar que no novo cargo, o advogado será mais útil para Mato Grosso e Cuiabá. 


 
REIVINDICAÇÕES – Além da indicação de Figueiredo para o comando da secretaria no Mapa, um corte de recursos e a falta de efetivo contribuíram para a deflagração da greve dos fiscais agropecuários. 


 
Conforme o presidente do sindicato estadual, o contingenciamento tem agindo setores fundamentais e prejudicado o desenvolvimento das atividades da categoria que, em Mato Grosso, tem apenas 1/3 do quadro de servidores necessário. 


 
OUTRO LADO – A reportagem do Diário tentou contato por telefone com Rodrigo Figueiredo, mas ele não atendeu nem retornou as ligações. 





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