Disputa da família pelo prêmio quase acabou em morte, disse a polícia.
Pai e filho fazem acordo para dividir parte da Mega-Sena de R$ 28 milhões

O caso da Mega-Sena. Pai e filho fecharam um acordo sobre a fortuna de R$ 28 milhões. Houve uma divisão de parte da riqueza que o empresário Francisco Serafim administrou para o filho que acertou sozinho os números e ganhou o prêmio.

O acordo entre Francisco Serafim de Barros e o filho foi feito na presença do juiz no Fórum de Juscimeira, onde tramita o processo. O impasse sobre a fazenda Nazaré, comprada com parte do dinheiro do prêmio da Mega-Sena foi resolvido.

A propriedade era ocupada pelo pai de Fábio, o ganhador da Mega-Sena. Francisco Serafim concordou em devolver a propriedade para o filho. Em contrapartida Fábio deu para o pai, 1.600 cabeças de gado que estavam no imóvel. Francisco Serafim também ganhou do filho um apartamento em Cuiabá e três caminhonetes. Assim o processo civil que tramitava em Juscimeira foi extinto. De acordo com a justiça, pai e filho não deve nada um para o outro.

O acordo pôs fim à disputa judicial, mas não reconciliou pai e filho. Tanto que na audiência em Juscimeira os dois não ficaram frente a frente, nem chegaram a apertar as mãos. Fábio que não quiz gravar entrevista disse que aceitou o acordo para ter paz e sossego na vida.

Em maio o pai dele, Francisco Serafim, foi preso acusado de tramar a morte do filho. De acordo com a polícia de Mato Grosso do Sul, Francisco teria dado dinheiro para um homem conhecido como Zé Gordo. O tal Zé Gordo teria contratado dois homens de fora de Campo Grande (MS) para procurar Fábio, mas eles foram presos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Quando foram presos eles estavam armados e com uma foto de Fábio e da namorada.

Na época, o delegado que comandou as investigações disse que Fábio só não foi assassinado porque não estava em Campo Grande.

A justiça de Mato Grosso do Sul encaminhou o caso para Juscimeira onde vai tramitar o processo. Caberá ao Ministério Público do Estado analisar as provas, os depoimentos, as escutas telefônicas e decidir se oferece denúncia. Francisco Serafim e outros quatro acusados foram indiciados por formação de quadrilha.