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Internacional
Domingo - 18 de Julho de 2010 às 21:22

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O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse neste domingo que ainda é muito cedo para avaliar se o aumento das tropas norte-americanas no Afeganistão, aprovado pelo atual governo, está vencendo a guerra.

Ao programa "This Week", da emissora de TV ABC News, Biden confirmou que em julho de 2011 -- data estabelecida pelo presidente americado, Barack Obama -- começa a retirada das forças dos EUA do Afeganistão.

Autoridades dos EUA disseram nas últimas semanas que qualquer redução de tropas será baseada nas condições de segurança no Afeganistão e enfatizaram que a data foi fixada para enviar uma mensagem ao governo afegão sobre a urgência de assumir a responsabilidade pela segurança do país.

"Pode ser apenas um número pequeno, como 2.000 soldados. Pode ser mais. Mas haverá uma transição", declarou Biden à ABC.

Na mesma entrevista, ele reafirmou que que não está aborrecido com o general Stanley McChrystal. No mês passado, o presidente Barack Obama destituiu McChrystal do comando das tropas dos EUA no Afeganistão depois que ele disse numa entrevista a uma revista que membros de uma equipe por ele liderada desprezavam Biden, que também é o principal conselheiro de segurança de Obama, e o chamavam de "palhaço".

"Eu não era o palhaço. Eu era o cara que, na realidade, era o problema deles, pelo que eles achavam. Eu não sou o problema deles", disse Biden.

A entrevista de McChrystal à revista "Rolling Stone" expôs as divisões entre a Casa Branca e os militares sobre como conduzir a Guerra no Afeganistão. A revista publicou que membros da equipe de McChrystal fizeram piadas sobre o vice-presidente.

"Não levei isso para o lado pessoal. Honestamente, não", afirmou Biden. Mas ele afirmou que a situação deixou McChrystal em uma posição insustentável e que generais de alto escalão recomendaram que ele fosse removido do cargo.

"Eu me encontrei com McChrystal. O presidente se encontrou com McChrystal. Ele realmente se desculpou. Sabia que tinha ido longe demais. Mas nós também sabíamos que se um sargento fizesse aquilo, se um tenente fizesse aquilo, ninguém poderia continuar", disse Biden.

Obama substituiu McChrystal pelo general David Petraeus no comando da guerra no Afeganistão.

As tropas dos EUA estão encontrando forte resistência do movimento islâmico taleban e um número crescente de baixas, apesar das forças dos EUA terem aumentado nos últimos seis meses. Mas Biden declarou que ainda é muito cedo para dizer se a estratégia está ou não funcionando.

Em seu livro, "A Promessa", sobre o primeiro ano do governo Obama, o escritor Jonathan Alter descreve uma conversa com Biden na qual o vice-presidente diz: "Em julho de 2011, vamos ver um monte de gente saindo (do Afeganistão). Aposte nisso."

Biden confirmou o relato na entrevista à ABC. "Vai haver uma redução de forças na transição", disse o vice-presidente. 





Fonte: Reuters

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