PSDB-SP diz que Barradas foi um excepcional homem público e amigo de todas as horas

"Neste momento de tristeza, queremos expressar nosso profundo pesar pela perda do estimado amigo Luiz Roberto Barradas. Excepcional homem público e amigo de todas as horas, Barradas nos deixa uma história de dedicação à causa pública. Competente, íntegro e leal, Barradas sempre foi motivo de orgulho para todos nós do PSDB de São Paulo. Aos seus familiares, externamos nosso profundo sentimento."

Eduardo Knapp - 10.jul.2009/Folhapress

O médico sanitarista Luiz Roberto Barradas Barata, 57, assumiu a Secretaria de Saúde de SP em janeiro de 2003

O corpo de Barradas é velado no salão nobre da Provedoria da Santa Casa de São Paulo. Ele morreu ontem, às 20h50, no Instituto Dante Pazzanese, em decorrência de um infarto do miocárdio.

Das 7h às 10h, o velório foi reservado à família de Barradas, e a partir das 10h, aberto para o público em geral. O corpo do secretário deve ser cremado amanhã, na Vila Alpina.

Já passaram pelo velório o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), o governador Alberto Goldman (PSDB), o deputado José Aníbal (PSDB-SP), o secretário da Educação de SP, Paulo Renato Souza, o ex-secretário Andrea Matarazzo, entre outros.

De acordo com tucanos, o secretário es­tava sentindo dores havia al­guns dias, passou mal e foi para o hospital dirigindo o próprio carro. O cardiologista Roberto Kalil disse ter sido acionado para atendê-lo.

Barradas tinha 57 anos, e assumiu a secretaria em janeiro de 2003. Deixa dois filhos e um neto.

Informado da morte do se­cretário de Saúde à noite ainda no aeroporto, ao chegar de Ilhéus, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, foi diretamente para o hospital. Ele deve cancelar a agenda prevista para hoje.

TRAJETÓRIA

Barradas foi assessor dos ex-ministros da Saúde Adib Jatene e José Serra. Foi também chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo durante a gestão do prefeito Mario Covas, e secretário-adjunto de Saúde no governo de Covas e de Geraldo Alckmin. Ele se formou em medicina pela Santa Casa de São Paulo em 1976.

Em artigo na Folha, o secretário defendeu no ano passado a lei antifumo no Estado de São Paulo, apontando pesquisas que mostram a ligação entre fumo passivo e doenças como câncer de pulmão e doenças do coração.

Neste ano, defendeu a lei estadual das organizações sociais, pela qual instituições filantrópicas firmam contratos com o governo para a gestão de hospitais estaduais. Barradas via neste modelo uma solução para uma gestão mais eficiente dos hospitais públicos, "sem abrir mão do controle estatal".