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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Segunda - 05 de Julho de 2010 às 16:22

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O resultado advém de importações de US$ 1,88 bilhão contra exportações de US$ 730,30 milhões, de janeiro a maio. As vendas externas tiveram pequeno recuo (0,35%) e as compras evoluíram 46,38% na comparação com os números relativos ao mesmo período de 2009, quando o déficit da balança foi de US$ 555,90 milhões. Excluindo-se as fibras de algodão, o saldo negativo nos primeiros cinco meses de 2010 foi ainda maior, atingindo US$ 1,29 bilhão, contra US$ 821,70 milhões no exercício anterior (aumento de 57,5%).

Somente em maio, o déficit total foi de US$ 237,70 milhões e de US$ 242,30 milhões se excluídas as fibras de algodão. Isto significa evolução, respectivamente, de 98,4% e 55,8% em relação ao mesmo mês de 2009. No mês, as exportações foram de US$ 136,20 milhões (mais 6,53% ante o ano passado) e as importações, US$ 374 milhões (mais 51,01%).

Com relação ao volume, verificou-se, no acumulado de janeiro a maio de 2010, importações de 478,3 mil toneladas, 67,43% a mais do que em 2009, e exportações de 238,5 mil toneladas, com uma queda de 25,46%. A diferença de volume totalizou 239,8 mil toneladas. Em maio, especificamente, o déficit em termos de volume foi de 66,1 mil toneladas, resultante do ingresso de 99,60 mil toneladas e embarques de 33,5 mil toneladas.

Desvantagens competitivas

Aguinaldo Diniz Filho, presidente da ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), alerta que os números “evidenciam a crescente perda de competitividade da produção brasileira, provocada pelo impacto dos juros e impostos elevados, muito acima da média internacional, e pela valorização excessiva do real em relação ao dólar”.

Tais desvantagens tornam-se evidentes na análise da origem dos produtos têxteis e do vestuário que ingressam no País. Os dez maiores fornecedores têm menores juros, crédito mais acessível e mais incentivo à exportação, incluindo câmbio favorável, na comparação com o Brasil. Também pagam menos impostos, com exceção de Estados Unidos e Alemanha, que apresentam carga tributária similar à brasileira. De janeiro a maio de 2010, os dez principais exportadores para o País foram a China, Índia, Indonésia, Estados Unidos, Argentina, Taiwan, Coreia do Sul, Bangladesh, Alemanha e Tailândia.

O líder empresarial também enfatiza o grande crescimento das importações provenientes de Bangladesh. O mesmo ocorreu com Camboja. Isso mostra a importância da exclusão, na Medida Provisória 492, recentemente aprovada pelo Congresso Nacional, de artigo que autorizava o governo brasileiro a conceder preferências tarifárias aos chamados Países de Menor Desenvolvimento Econômico Relativo (PMDR´s), dentre os quais incluem-se aquelas duas nações. “Porém, é necessário continuar alerta para o risco de novas medidas capazes de aumentar, em nosso próprio mercado, a já imensa vantagem competitiva de concorrentes internacionais”, pondera o presidente da ABIT.






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