A Petrobras negou nesta sexta-feira que esteja em estudo um "plano alternativo" para a capitalização da empresa, que prevê participação do governo (cessão onerosa) e do mercado (oferta pública de ações) para financiar o plano de investimentos estatal, orçado em US$ 224 bilhões (até 2014).

O comunicado oficial é uma resposta da empresa petrolífera à reportagem publicada na imprensa sobre alternativas ao plano de capitalização já anunciado.

Recentemente, a estatal petrolífera anunciou o adiamento da capitalização para setembro. Para não atrapalhar a oferta de ações, a estatal queria realizar a operação no fim de julho. A estatal foi convencida, porém a postergar essa oferta e aguardar a conclusão do laudo de avaliação da ANP (Agência Nacional do Petróleo) sobre as reservas da União não licitadas do pré-sal --que serão cedidas à Petrobras e usadas para capitalizar a companhia.

"A Petrobras reitera que não está trabalhando com nenhum plano alternativo, quer seja para capitalização quer seja para a cessão onerosa", afirmou a diretoria da empresa, em comunicado ao mercado, ressaltando que as duas são "operações juridicamente distintas".

A diretoria da estatal admite que o governo federal estuda a exploração de áreas ainda não concedidas da camada pré-sal, como alternativa à cessão onerosa. "Ou seja, este possível plano alternativo, diferente do que afirma a matéria jornalística, seria um plano para uma eventual impossibilidade de se realizar a cessão onerosa e não um possível plano alternativo para a capitalização em questão", dizem os executivos da petrolífera.