O presidente do PP, senador Francisco Dornelles (RJ), afirmou que o partido não vai se coligar formalmente ao PT ou ao PSDB para as eleições de outubro. No entanto, segundo o senador, no dia 7 de julho, o PP deve fazer um evento para "declarar apoio político" à campanha presidencial de Dilma Rousseff (PT).

Dornelles disse que a Executiva Nacional fez uma consulta aos diretórios que, em sua maioria, se mostraram favoráveis a Dilma, mas defenderam a neutralidade para evitar desgastes em Estados como Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, onde há aliança com tucanos.

"Nós vamos deixar aberto oficialmente para não criar nenhuma dificuldade, mas vamos fazer um evento para declarar apoio político ao PT. É melhor fazer desta forma para evitar ter que fazer intervenção em um ou outro Estado. Dessa maneira, evitamos um desgaste interno desnecessário", disse.

O PP foi cobiçado por petistas e tucanos especialmente porque o partido proporcionaria ao candidato à Presidência um minuto e 20 segundos no tempo de propaganda na TV --nos blocos de 25 minutos.

Na tentativa de conquistar os pepistas, o PSDB teria inclusive oferecido a vaga de vice a Dornelles. Atualmente, o partido participa do governo Lula, com o Ministério das Cidades.