Repórter News - reporternews.com.br
Saúde
Terça - 22 de Junho de 2010 às 03:33

    Imprimir


O Ministério da Saúde (MS) divulgou nesta segunda-feira (21), um estudo sobre o avanço no combate ao tabagismo no Brasil. Os números são positivos, de acordo com dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), que entrevistou 54 mil adultos. Cuiabá, capital mato-grossense, é uma das campeãs do país na luta contra o tabaco. A cidade é a vice-campeão nacional e só perde para Aracaju (SE) com o menor índice de fumantes na cidade.

Em todo o Brasil a proporção de fumantes caiu de 16,2% para 15,5% em quatro anos. O MS comemorou o resultado de uma luta histórica. Em Aracaju, capital sergipana, por exemplo, apenas 8% da população é fumante. Em Cuiabá, a vice-campeã nacional no combate ao fumo, 11,2% dos moradores da capital são fumantes. 

Curiosamente é nas cidades do Sul do Brasil, um das regiões mais desenvolvidas do país que estão os maiores índices de fumantes. Porto Alegre (RS) com 22,5 de fumantes na população e Florianópolis (SC) com 20,2% são as cidades apontadas na pesquisa com os maiores índices de fumantes.

De 2006 a 2009, o percentual de fumantes na população no Brasil caiu de 16,2% para 15,5%. O índice é bem menor que na Argentina e nos Estados Unidos, onde respectivamente 35% e 40% da população são dependentes da nicotina.

De acordo com o levantamento, 19% dos homens e 12,5% das mulheres fumam. A maior queda no uso do cigarro no País ocorreu na faixa etária dos 35 aos 44 anos. Em 2006, 19% da população nessa idade era dependente do tabaco. Em 2009, a proporção de fumantes era de 15,1%.

O uso dessa substância no Brasil vem caindo há mais de duas décadas. Em 1989, 33% da população fumava, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição, realizada pelo IBGE. “O Brasil é um dos países com maior êxito na campanha de combate ao tabagismo. Foi uma queda muito expressiva no número de fumantes em um tempo muito curto”, enfatiza a coordenadora de Vigilância de Agravos e Doenças Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Deborah Malta.

Essa redução pode ser explicada por uma série de ações lideradas pelo MS para reduzir a atratividade do cigarro. Entre as medidas, estão: a proibição de publicidade do tabaco; o aumento de impostos sobre o produto; e a inclusão de advertências mais explícitas sobre os efeitos danosos do fumo nos maços.

Projeto de Lei acaba com fumódromos

O Ministério da Saúde também defende o projeto de lei que proíbe fumar em ambientes coletivos e acaba com os fumódromos. A proposta foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, em março deste ano, e está agora na Comissão de Assuntos Sociais da Casa em caráter terminativo. “Precisamos de ambientes livres do tabaco para preservar o bem-estar das pessoas”, afirma Deborah Malta.

Fumo passivo

Pela primeira vez, a Vigitel aferiu a frequência de fumantes passivos na população. O levantamento aponta que 13,3% dos brasileiros não-fumantes moram com pelo menos uma pessoa que costuma fumar dentro de casa. Além disso, 12,8% das pessoas que não fumam convivem com ao menos um colega que fuma no local de trabalho.

O fumo passivo é mais comum na residência dos 18 aos 24 anos (19%). Já no ambiente de trabalho, a situação é verificada principalmente na faixa etária dos 25 aos 34 anos (15,8%) e dos 35-44 (15,7%).

O Instituto Nacional do Câncer informa que pelo menos 2,6 mil não-fumantes morrem no Brasil por ano devido a doenças provocadas pelo tabagismo passivo. Pessoas que não fumam, mas enfrentam essas condições, têm 30% de chances a mais de desenvolver câncer de pulmão e 24% a mais de sofrer infarto e doenças cardiovasculares.





Fonte: TVCA

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/126481/visualizar/