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Sábado - 19 de Junho de 2010 às 14:03

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O titular da 5º Vara Federal de Campo Grande (MS) Dalton Iga Kita Conrado, indeferiu ontem, em caráter provisório, o pedido de liberdade condicional ao bicheiro João Arcanjo Ribeiro, considerado o chefe do crime organizado de Mato Grosso.

Dalton expediu ofícios às varas onde Arcanjo responde processos, para que, em posse das informações sobre a situação judicial do mesmo, decida em definitivo sobre o pedido formulado pela defesa do réu.

Arcanjo encontra-se recolhido na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande, para onde foi transferido desde o dia 16 de outubro de 2007. Na ocasião, foi deflagrada o operação “Arrego” pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) que, entre outras coisas, descobriu que o bicheiro continuava a comandar a prática do jogo do bicho no Estado, mesmo detido na Penitenciária Central do Estado (antigo Pascoal Ramos).

O pedido de liberdade condicional formulado pela defesa de Arcanjo no começo do mês passado, foi o primeiro desde a prisão do bicheiro, há mais de sete anos no Uruguai. Na avaliação do Ministério Público Federal (MPF) de Mato Grosso do Sul, a existência de decretos de prisões preventivas, proferidos em processos sem sentença condenatória, “são impeditivos da pretendida soltura do postulante ou mesmo de sua transferência para o regime semiaberto”, como consta no documento da instituição, referente ao parecer sobre o pedido de cumprimento da pena do réu em regime semi-aberto com direito a progressão para liberdade condicional.

Até o momento, Arcanjo já foi condenado a 19 anos e quatro meses de prisão, por crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, evasão de divisas, formação de quadrilha e contrabando - este podendo ser cumprido em regime aberto. O bicheiro também possui quatro prisões preventivas decretadas contra si, o mesmo número de júris populares que já foi condenado a enfrentar por conta de oito homicídios - entre eles o assassinato do fundador da Folha do Estado, Sávio Brandão - e uma tentativa, em que é acusado de ser o mandante, conforme o Ministério Público Estadual (MPE).






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