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Policia MT
Sábado - 12 de Junho de 2010 às 06:13
Por: Carolina Holland

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Na semana passada, polícia apreendeu na casa de um dos acusados itens utilizados para forjar atividade
Na semana passada, polícia apreendeu na casa de um dos acusados itens utilizados para forjar atividade

O bacharel em Direito Alfredo de Oliveira Garcia Neto, de 34 anos, indiciado por formação de quadrilha e acusado de ser o mentor de um assalto à residência de um desembargador, se entregou ontem à Polícia Civil. A prisão preventiva foi decretada pela juíza Marilza Aparecida Vitório, de Várzea Grande. O suspeito foi ouvido pela polícia e, depois encaminhado para a Polinter.

O delegado Silas Caldeira, da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos de Várzea Grande, informou que pediu a prisão preventiva do bacharel porque o depoimento dele, tomado pela segunda vez na última segunda-feira, apresentou contradições. “O suspeito declarou que havia comprado um colete à prova de balas, mas na verdade, comprou também 10 algemas e um aparelho de choque. Ele não soube explicar porque adquiriu esse material”, informou o delegado Caldeira. A compra foi feita pelos Correios.

Alfredo Neto é suspeito de ter planejado o assalto à casa do desembargador Ernani Vieira de Souza, ocorrido na madrugada do dia 31 de maio. Quatro assaltantes entraram no local fingindo ser agentes da Polícia Federal e roubaram cerca de R$ 20 mil em dinheiro, quatro notebooks e jóias avaliadas em cerca de R$ 40 mil.

O bacharel é filho do advogado José Patrocínio de Brito Júnior, jurista da Capital que foi coordenador do Núcleo de Práticas Jurídicas da Universidade de Cuiabá (Unic). O jovem formado em Direito nega sua participação no assalto. “Ele (Alfredo) negou a participação. O único que nega, porque os demais (integrantes do bando) o apontam como o líder”, informou o delegado, quando tomou o depoimento do acusado.

Duas pessoas haviam sido presas por participação no crime e quatro foram ouvidas e liberadas. Uma dessas pessoas informou à polícia que Neto se aproveitou do fato de ser amigo do desembargador para passar informações para o bando. A idéia de usar roupas de policiais federais também teria sido de Neto.

A polícia prendeu Reginaldo Silva Ferreira, reconhecido como um dos assaltantes, e Edinho Rodrigues, por receptação. Na casa dele foram apreendidos objetos roubados do apartamento do desembargador.

Silva também foi autuado por tráfico de drogas. A polícia encontrou na casa dele 20 trouxinhas de pasta-base de cocaína.






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