Todas as maternidades ouvidas dizem que dão prioridade ao aleitamento e que procuram estimular a prática entre as mães, deixando o complemento só para casos em que há indicação médica.

"Fazemos grande esforço para estimular a amamentação. Mas, excepcionalmente, o pediatra avalia que há necessidade ou que o desenvolvimento do bebê não está satisfatório. Aí recomenda-se a complementação", diz Luiz Carlos Ferraz, diretor clínico da Casa de Saúde de Santos.

"Tanto na Pró-Matre como na Santa Joana sempre priorizamos o aleitamento materno"diz Alberto D"Auria, diretor do Grupo Santa Joana.

Quando há indicação médica de complementação, afirma D"Auria, é usado o leite do banco da instituição.
"Mas há mães que se recusam a receber esse leite e bebês que têm outras necessidades. Aí oferecemos, como última opção, leite artificial."

A Beneficência Portuguesa de São Paulo informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que incentiva e orienta as mulheres a praticar o aleitamento e que oferece as condições para que isso ocorra durante a permanência dela no hospital.

"O leite artificial é adotado quando há impedimento de ordem física ou patológica da mãe ou do bebê", diz a nota.
A coordenadora da maternidade São Luiz, Márcia Maria da Costa, diz que a instituição tem uma política tradicional de aleitamento materno e conta com um grupo de apoio às mães.

"Atuamos para estimular a alimentação materna, mas há circunstâncias que trazem dificuldades, como demora na produção de leite ou bebês que têm hipoglicemia. Nunca indicamos a mamadeira, nem na UTI neonatal", diz a coordenadora.

Dependendo da patologia, o complemento pode ter tido indicação, continua ela. "Mas não é rotina. Quando é preciso oferecer, em primeiro lugar damos leite materno."