‘Braço político do crime organizado ainda atua em MT’, dispara Pedro Taques

“O braço político do crime organizado ainda está valendo no Estado de Mato Grosso”. A declaração é do ex-procurador Pedro Taques, pré-candidato ao Senado Federal, durante entrevista na manhã desta sexta-feira (28.05) ao programa Tribuna do Ouvinte, da Rádio Cultura de Cuiabá. “Esta é uma das razões que me motivou a ser candidato. Quero ser senador para combater os bandidos que estão na política. Não agüentamos mais escândalos”, acrescentou.

Pedro Taques afirmou não ter medo de enfrentar as pessoas que se valem da política para roubar o patrimônio público. “Quero mudar essa bandalheira que está aí. Vou combater quem não presta”, afirmou, acrescentando que é necessário acabar com a imunidade parlamentar para que “os maus políticos não se escudam nela”. “É preciso acabar também com o fórum privilegiado”, emendou.

O ex-procurador lembrou que cidadão comum, se comete um crime é processado e julgado normalmente, enquanto que os políticos, com a imunidade parlamentar e o fórum privilegiado, conseguem protelar seus julgamentos. “A imunidade para o exercício da atividade parlamentar é importante, mas para encobrir crimes, não”, exclamou.

O jornalista William Gomes indagou Pedro Taques sobre as declarações do deputado federal Pedro Henry, entrevistado do dia anterior. Henry acusou Taques de, junto com o juiz federal Julier Sebastião da Silva e o procurador federal Mauro Lúcio Avelar, de formação de quadrilha. “De quadrilha quem entende é o deputado Pedro Henry, que está sendo processado e teve o mandato cassado por compra de votos e corrupção eleitoral”, afirmou.

Afirmando que não baixaria ao nível de Pedro Henry, Taques pontuou que o deputado federal está serviço de alguém, que é “um menininho de recado”. “Ele (Henry) está defendendo algumas pessoas que foram presas. Quero saber quantos pobres ele defendeu? Agora, para defender quem está sendo investigado ele tem disposição. A serviço de quem está o deputado Pedro Henry? Quem é o chefe dele? Por que ele se presta a ser um menininho de recados?”, indagou.

“Eu quero descobrir quem é o patrão do deputado federal Pedro Henry. Quero descobrir para debater com essa pessoa. Não gosto de debater com menininho de recado. Quem será o covarde que se esconde por detrás do desespero do deputado Pedro Henry?”, finalizou.