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Nacional
Quarta - 07 de Agosto de 2013 às 02:22
Por: Aline Leal

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O Conselho Federal de Medicina (CFM) reafirmou que a baixa adesão ao programa Mais Médicos ocorreu porque os profissionais brasileiros tiveram dificuldades para se inscrever. O conselho diz ter recebido relatos de médicos que não conseguiram fazer a inscrição, sendo prejudicados. O CFM encaminhou denúncia ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal solicitando o acompanhamento do processo de inscrição.


 
"Infelizmente, as histórias contadas por nossos colegas mostram que há uma ação deliberada para dificultar a inscrição dos médicos brasileiros no Mais Médicos", disse em nota o presidente do conselho, Roberto d’Ávila


 
O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira que 938 médicos com diploma brasileiro confirmaram participação no programa, equivalente a 6% da demanda de 15.460 profissionais solicitados pelos municípios.


 
Roberto d"Ávila apontou ainda a possibilidade de ter ocorrido facilitação de cadastros a partir de computadores registrados no exterior, em prejuízo dos que têm registro no Brasil. Segundo o conselho, há relatos de médicos do Maranhão, Amazonas, Mato Grosso do Sul e da Paraíba que não conseguiram concluir a segunda etapa do processo de inscrição


 
Nos relatos que a entidade diz ter recebido, médicos contam que, apesar de terem selecionado trabalhar em cidades do interior, foram lotados em capitais ou regiões metropolitanas. Na nota, o conselho cita o caso de um médico baiano que "inicialmente, solicitou inscrição para a cidade onde já morava, Canavieiras, mas foi encaminhado para Itaparica, município vizinho a Salvador, com mais equipamentos do que a primeira opção do candidato".


 
Ao rebater as críticas de falhas nas inscrições, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, cobra a apresentação de provas, por se tratar de acusações sérias sobre a conduta de servidores. De acordo com Padilha, a maioria dos registros nos conselhos regionais de Medicina (CRMs) considerados inválidos no processo de inscrição foi digitada de forma aleatória propositalmente, e não invalidados por eventuais erros do sistema, como argumenta o CFM.


 
Desde o lançamento do Mais Médicos, as entidades representativas da categoria criticam o programa por prever a atuação de médicos estrangeiros sem revalidação do diploma. A categoria critica também o fato de o programa prever bolsa-formação como forma pagamento.


 
Na divulgação do balanço do programa, Padilha levantou a possibilidade de buscar parcerias com outros países para trazer médicos para o Brasil, medida contestada pelas principais entidades médicas - que argumentam não haver falta de profissionais no País.




Fonte: Terra

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