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Saúde
Quinta - 27 de Maio de 2010 às 11:26
Por: Iberê Thenório

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Barcroft
SugandaRizal, de 2 anos, é visto fumando cigarro enquanto brica com parentes em 23 de maio
SugandaRizal, de 2 anos, é visto fumando cigarro enquanto brica com parentes em 23 de maio
O menino indonésio de dois anos que fuma cerca de 40 cigarros por dia já é uma provável vítima do vício em cigarros, afirma pneumologista ouvido pelo G1. Segundo a família de Aldi SugandaRizal, ele tem esse hábito desde os 18 meses e fica furioso quando fica sem fumar.

Segundo Oliver Nascimento, médico e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), ninguém começa a fumar tanto de uma só vez. O número de cigarros aumenta conforme o cérebro se torna dependente da nicotina. 

"Temos receptores no cérebro à qual a nicotina se liga e libera dopamina, uma substância que gera bem-estar. A pessoa começa a fumar aos poucos, e esses setores do cérebro ávidos por nicotina começam a ficar mais numerosos", explica o médico, que também é diretor da Sociedade Paulista de Pneumologia.

Começando a fumar tão cedo, Aldi SugandaRizal é um grande candidato a ter doenças relacionadas ao cigarro. "São raras as pessoas que fumam muito não têm problemas de saúde. Em geral, a cada dois fumantes haverá um que morrerá por algo relacionado ao cigarro", conta Nascimento.

Segundo o pneumologista, no interior do Brasil também são comuns casos de pessoas muito jovens que fumam. "Vemos crianças com 10 ou 12 anos que fumam cigarros de palha, que as pessoas pensam que não faz mal, mas não é verdade. Há até um estudo brasileiro mostrando que o cigarro de palha traz mais risco à saúde do que o cigarro comum."

Doença "escondida"
Apesar do pai do menino indonésio garantir que ele é saudável, o consumo de cigarros pode estar minando a saúde do garoto sem que se perceba. Além das doenças tradicionalmente relacionadas ao cigarro, como problemas cardiovasculares e o câncer, o fumo pode ir destruindo aos poucos os alvéolos pulmonares – pequenas estruturas que captam oxigênio.

A falta de ar causada pela lenta "desativação" do pulmão, nem sempre encarada com seriedade, acaba levando à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). O problema, que compromete para sempre a capacidade respiratória, só costuma ser detectado depois de 17 anos de seu início, revelou uma pesquisa realizada recentemente pela Unifesp com 229 brasileiros.





Fonte: Do G1

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