Justiça Federal manda transferir 17 presos que teriam regalias no Corpo de Bombeiros

O juiz federal Julier Sebastião da Silva determinou no final da tarde de hoje a "remoção imediata" de 17 pessoas detidas durante a "Operação Jurupari" que cumpriam prisão preventiva de 30 dias na unidade do Corpo de Bombeiros, em Cuiabá. Ele tomou a decisão após um pedido do Ministério Público Federal, que detectou que os presos no local tinham regalias, como excesso de visitas, banho de sol prolongado, uso de telefones celulares e até mesmo computadores portáteis.

Na operação desencadeada na última sexta-feira, dia 21, foram presas até agora 64 pessoas por crimes ambientais que geraram um prejuízo de R$ 900 milhões. No Corpo de Bombeiros, estavam presas 17 pessoas, dentre elas o chefe de gabinete do governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMBD), Sílvio Correa, e o ex-secretário estadual de Meio Ambiente, Luiz Daldegan.

A Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso ainda não foi notificada da decisão do magistrado. Todavia, o secretário Diógenes Curado, que é delegado licenciado da Polícia Federal, determinou a realização de uma vistoria no Corpo de Bombeiros para se apurar as denúncias gravadas por agentes da própria PF e remetidas ao MPF.

A partir da notificação, o Estado deve fazer a remoção dos presos. Eles devem ser encaminhados para a unidade da polinter anexa ao presídio central de Cuiabá.