Segundo Bernardo, o abono não será de 7%, índice que o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia autorizado antes da votação do projeto no Congresso, porque não houve acordo entre os parlamentares e o governo.
"O presidente autorizou, caso houvesse acordo, que fechássemos [o reajuste] em 7%. Como não houve acordo e foram para o tudo ou nada, não temos responsabilidade sobre isso", disse o ministro.
Segundo Bernardo, Lula está "inclinado" a vetar o reajuste. "Nós conversamos ontem com o presidente e ele está bem informado. Senti que ele estava mais inclinado a vetar [os 7,7%]", afirmou.
O ministro, contudo, disse que a decisão ainda não foi tomada. Segundo Bernardo, o governo não tem condições de bancar um aumento de 7,7% para os aposentados. "O presidente vai refletir para tomar uma decisão. A nossa visão é que o que foi aprovado no Congresso extrapola muito o valor acordado", afirmou.
De acordo com o ministro, está garantido pelo menos o reajuste de acordo com a inflação. "Isso pode ser feito até mesmo por portaria do Ministério da Previdência. Se o presidente vetar [os 7,7%], está garantido pelo menos a inflação com índice de 3,53%", disse.
O ministro disse ainda que já está definido que Lula vetará o fator previdenciário.
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