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Terça - 25 de Maio de 2010 às 03:19
Por: Jean Campos

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Um dia após ser solto por determinação da juíza Vanessa Curti Perenha Gasquez, o empresário Carlos Antônio Cardozo Azóia, genro do presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, José Riva (PP), teve um novo mandado de prisão expedido pelo juiz Julier Sebastião da Silva. Até o fechamento desta edição, às 22h05, o empresário não havia sido preso.

Sua prisão preventiva foi decretada junto com a de outras 90 pessoas acusadas de participação em um esquema de fraudes em projetos de manejo e outros crimes ambientais na região amazônica mato-grossense, alvo da Operação Jurupari da Polícia Federal.

Um imbróglio envolvendo os mandados de prisão preventiva expedidos contra investigados na operação levou o juiz Julier Sebastião da Silva, titular da 1ª Vara da Justiça Federal de Mato Grosso, a expedir ontem pela manhã novo mandado de prisão contra 18 dos 91 envolvidos.

Na semana passada, ao remeter o inquérito à Justiça, a PF solicitou a prisão de 73 envolvidos. Contudo, o procurador da república, Mário Lúcio Avelar, incluiu mais 18 pessoas na lista que também encaminhou à Justiça, resultando os 91 mandados de prisão preventiva.

Alegando que seu nome não estava entre os mandados de prisão expedidos, os advogados de defesa de Carlos Antônio Cardoso Azóia conseguiram alvará de soltura para o empresário na noite de domingo. A defesa de outros acusados que também não estavam incluídos na lista da PF preparavam recursos para anular a decisão.

Entretanto, ao constatar a “omissão” dos nomes, Julier Sebastião emitiu os novos mandados confirmando a “existência de erro material (...), uma vez que não constou a ordem de prisão dos requeridos em questão”. Entre os nomes citados no novo mandado, Carlos Antônio Cardoso Azóia e Benedito Rosemil da Silva, que já estavam em liberdade. Até o fechamento desta edição, a PF informou que ambos estavam foragidos.

De acordo com inquérito da Polícia Federal, Azóia teria causado prejuízos ambientais de mais de R$ 5 milhões, valor que foi decretada indisponibilidade de bens do acusado.

De acordo com a PF, o esquema desarticulado na Operação baseava-se em fraudes na emissão de plano de manejo com o objetivo de legalizar madeira extraída de áreas ilegais como reservas indígenas e de unidades de conservação.

A Polícia Federal informou que até a noite de ontem, 63 pessoas continuavam detidas, entre elas a esposa do deputado José Riva, Janete Gomes Riva. Informou ainda que havia encaminhado a lista com o nome de 28 pessoas que tiveram prisão preventiva decretada e ainda não se entregaram à Interpol.

Continuam presos o ex-secretário de Meio Ambiente, Luís Henrique Daldegan, que atuou no primeiro escalão na administração do ex-governador Blairo Maggi (PR) e o ex-deputado federal e conselheiro aposentado do TCE, Ubiratan Spinelli, e seu filho Rodrigo Spinelli.






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