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Agronegócios
Quinta - 20 de Maio de 2010 às 08:14
Por: Marcondes Maciel

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A produção mato-grossense de mel avançará 400% nos próximos cinco anos, devendo chegar a 2,5 mil toneladas até 2015. A previsão é do gerente de Agronegócios do Sebrae Brasil, Paulo Alvin, que esteve em Cuiabá ontem para participar da abertura do 18º Congresso Brasileiro de Apicultura no Centro de Eventos do Pantanal, com a presença de 2,5 mil pessoas, entre produtores, estudantes, técnicos e pesquisadores. O objetivo do evento é promover o intercâmbio entre produtores e pesquisadores, discutir as perspectivas para a apicultura e meliponicultura brasileira e fomentar a produção de mel em larga escala no Brasil.

Atualmente Mato Grosso produz cerca de 500 toneladas de mel e, segundo Alvin, o Estado tem perspectivas de ser um dos maiores produtores do país devido ao seu grande potencial. “O mercado é altamente promissor para o Brasil, em especial para Mato Grosso, que oferece todas as condições para quintuplicar a sua produção nos próximos cinco anos”, frisou. Para o país a previsão é de que o crescimento seja triplicado, saindo das atuais 36 mil toneladas para pouco mais de 100 mil toneladas no mesmo período. A perspectiva é de que o mercado do mel no país movimente cerca de US$ 300 milhões até 2015.

Segundo Valmir Guzzi, presidente da Federação Mato-grossense de Apicultura e coordenador do congresso, a apicultura é uma atividade altamente rentável e sustentável, com retorno garantido para os produtores. “Precisamos apenas difundir mais as vantagens e os benefícios econômicos e sociais para podermos dar um salto ainda maior nos próximos anos”, disse, lembrando que o país tem condições de ser um dos maiores de mel do mundo devido à sua potencialidade e do clima tropical, favorável ao desenvolvimento da apicultura. “Temos de utilizar o nosso conhecimento científico e explorar este potencial de forma racional e sustentável. Vejo um grande horizonte para Mato Grosso neste setor”, apontou.

Na avaliação de Paulo Alvin, do Sebrae, o mercado de apicultura oferece grandes oportunidades de negócio e está em expansão em todas as regiões brasileiras. “Saímos da atividade extrativista, há cerca de 15 anos, e hoje a cadeia está organizada e conta com parcerias em várias áreas, propiciando a capacitação e profissionalização dos gestores”.

O grande desafio, lembrou Alvin, é manter o apoio à apicultura para que a atividade continue crescendo, gerando emprego e ampliando a renda do produtor. O Brasil é o 5º produtor mundial e um dos principais exportadores de mel. “O nosso produto é de uma qualidade superior, sem química, contaminação, e produzido em regiões sem influência de agrotóxicos”, ressaltou.

ESTATÍSTICA - De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a produção brasileira de mel cresceu 815,26% nos últimos 36 anos, com a produção saltando de 4,12 mil toneladas, em 1974, para 37,80 mil toneladas, em 2008. Pelos números da Confederação Brasileira de Apicultura, a produção em 2009 ficou em torno de 50 mil toneladas.

A produção de Mato Grosso, no mesmo período – 1974 a 2008 – cresceu 713,62%, saindo de 60,7 toneladas para 493,87 toneladas.






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