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Agronegócios
Sexta - 14 de Maio de 2010 às 08:19
Por: Marcondes Maciel

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Glauber afirma que a China é o melhor mercado para a soja estadual
Glauber afirma que a China é o melhor mercado para a soja estadual

A demanda chinesa por soja deve continuar forte em 2010, beneficiando mercados produtores - como o brasileiro – em especial, Mato Grosso, maior parceiro da China e responsável pelo suprimento de um terço das necessidades de consumo da oleaginosa daquele país. Mesmo a China sendo auto-suficiente em trigo, arroz e milho, o país compra mais da metade das exportações mundiais de soja, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). As importações alcançaram o recorde de 42 milhões de toneladas em 2009 e, para este ano, está prevista uma demanda de 46 milhões de toneladas em importações, crescimento de 9,52%.

Os produtores mato-grossenses consideram o aumento apetite chinês bem-vindo. “A China é um mercado muito importante para Mato Grosso, só precisamos resolver o nosso problema de infra-estrutura e logística para chegarmos à Ásia com produtos mais competitivos”, afirma o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja), Glauber Silveira.

Segundo ele, o mercado asiático é altamente promissor para Mato Grosso, “Estado vocacionado para atender à Índia e China, sobretudo por ser um dos principais fornecedores de commodities agrícolas do mundo. As oportunidades são muitas, basta que os empresários saibam reconhecê-las e aproveitá-las”.

O aumento a demanda chinesa aumentou nos últimos anos de forma excepcional, basta lembrar que as compras saltaram de 25 milhões de toneladas para 46 milhões de toneladas, incremento de 84% nos últimos cinco anos. Para 2011, a previsão é de que as importações chinesas aumentem em 6,52%, passando para 49 milhões de toneladas em relação ao volume previsto para 2010.

Atento a este movimento, o Brasil exportou 15,90 milhões de toneladas de soja para a China em 2009, incremento de 179,93% em relação a 2004, quando foram exportadas 5,68 milhões.

No mesmo período de cinco anos, as exportações de Mato Grosso para a China cresceram 515,90%, saltando de 893 mil toneladas, em 2004, para 5,50 milhões de toneladas, no ano passado. Considerando as exportações para os demais blocos econômicos (10,65 milhões de toneladas), o volume destinado ao mercado chinês representa 51,64% das vendas externas do Estado.

“Certamente a gente vai trabalhar para que essa soja saia do Brasil, para isso precisamos equacionar nossos entraves logísticos”, lembra o diretor executivo da Aprosoja, Marcelo Duarte Monteiro. Ele diz que a perspectiva de médio prazo aponta para um aumento significativo nas compras da China, que devem saltar de 40 para 60 milhões de toneladas em dez anos. “Nesse mesmo horizonte de dez anos nós vamos ter a demanda mundial de soja aumentada em aproximadamente 100 milhões de toneladas, volume igual ao que o Brasil e a Argentina produzem hoje”.

O fundamental neste momento, na avaliação dos produtores, é partir com mais agressividade para o mercado que mais cresce no mundo. “Mato Grosso não faz nenhuma promoção comercial na China, apenas está reagindo a uma demanda por commodities”, afirma Glauber Silveira, que esteve no ano passado em visita à China.

Silveira considera o mercado chinês o mais importante do mundo para Mato Grosso, lembrando que o país produz apenas 17 milhões de toneladas de soja e é dependente de importações para dar conta de alimentar toda sua população. “Também somos dependentes do mercado chinês, que compra quase 50% de toda a nossa produção de grãos. Mato Grosso produz o que a China precisa, que são os alimentos, e o que os produtores devem fazer é intensificar este comércio que já está firme e se apresenta bastante promissor. Acho que os interesses se completam e abrem um novo horizonte para ambos”, analisa.






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