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Agronegócios
Quinta - 06 de Maio de 2010 às 03:48

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O presidente da Famato, Rui Prado, encerrou a sexta edição do Encontro Internacional dos Negócios da Pecuária (Enipec) conclamando os produtores rurais e, principalmente, os dirigentes dos Sindicatos Rurais de Mato Grosso a se mobilizarem para a votação do novo Código Florestal Brasileiro. “Não sei a data, mas convoco os senhores a se prepararem para irem a Brasília, pois ficar reclamando em Juína, em Cuiabá ou Canarana não adianta. Precisamos nos impor”, afirmou.

A palestra de encerramento do Enipec 2010 ocorreu no final da tarde desta quarta-feira e contou com um auditório com mais de mil pessoas. Em sua fala, Rui Prado apresentou as demandas do setor produtivo mato-grossense para o próximo Presidente do Brasil, dando ênfase para a questão ambiental.

“Precisamos fazer valer o Programa de Regularização Fundiária do Estado, o MT Legal. Outro ponto fundamental para nosso Estado é a aprovação pela Assembléia Legislativa do projeto do Zoneamento Sócio-econômico Ecológico (ZSEE). São instrumentos legais que, apesar de não serem ideais sob o nosso ponto de vista, são essenciais para manter os produtores rurais na legalidade”, argumentou o presidente da Famato, que foi aplaudido de pé pela platéia. 

Porém, a demanda mais clara é a aprovação do texto do novo Código Florestal, que possibilitará a revisão de percentuais que definem as Áreas de Preservação Permanente (APPs) e as Reservas Legais. “Embora muitos pontos ainda estejam sendo discutidos pelos deputados federais, o que posso adiantar é que defendemos a flexibilização do tamanho das Reservas Legais”, antecipou Rui Prado.

Mas as demandas apresentadas não se restringiram à questão ambiental. O presidente da Famato retomou a pauta da infraestrutura, exigindo da parte do governo federal mais investimentos que permitam a implantação de uma logística multimodal capaz de cortar o Estado de norte a sul e de leste a oeste. O incentivo ao comércio eletrônico de carnes e a instituição de uma política de subsídios para a compra de insumos fundamentais para a atividade pecuária, como calcário e fósforo, são outros pontos estratégicos.

Outros itens reivindicados são uma política de Preços Mínimos para a pecuária de corte e leite, nos moldes como existe na agricultura, e mais investimentos com taxas de juros e prazos compatíveis com a atividade rural.

Aproveitando o clima de encerramento do Enipec 2010, Rui Prado aproveitou para desde já mobilizar os produtores rurais a respeito dos movimentos de embargo à carne produzida no bioma amazônico. “Estamos com a verdade, e do lado da ciência. Somos protagonistas neste processo”. 






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