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Sábado - 24 de Abril de 2010 às 02:06

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A Ferrari F360 Spider 2004, que custou R$ 720 mil e que apresentou uma série de problemas
A Ferrari F360 Spider 2004, que custou R$ 720 mil e que apresentou uma série de problemas

Se você um dia chega ao ponto de ter condições de comprar uma Ferrari F360 Spider 2004, no valor de R$ 720 mil, certamente está realizando um sonho de longa data. Algo que poucos imaginam algum dia conseguir.

Em vista disso, e do valor extremamente alto pago pela Ferrari, exige atendimento e tratamentos VIP, da empresa que está fazendo a venda. Pois não é bem assim que agem algumas empresas revendedoras de modelos caríssimos.

Um empresário de Cuiabá comprou o modelo acima citado da Platinuss, empresa muito conhecida no Brasil, que é responsável por, até mesmo, vender modelos novos, como um Pagani Zonda F, de R$ 4 milhões, um Koenigsegg CCXR, de R$ 6 milhões ou um Pagani Zonda Cinque, de R$ 8,8 milhões.

Foi aí que começaram os seus problemas. No dia 30 de março de 2009, ele comprou o carro, FERRARI F360 SPIDER, ano modelo 2004/2004, chassis ZFFDT57B040138689, placa BBE 0360, pelo preço de R$ 720 mil. O veículo foi entregue no dia 05/04 e, já depois de uma semana, começaram os problemas.

No dia 11/04, o veículo deu pane em uma das avenidas mais movimentadas de Cuiabá, a Getúlio Vargas, via esta que concentra os bares mais bem freqüentados da Capital. A parada inesperada produziu efeitos, dentre os quais o congestionamento do trânsito e, por conseguinte, extremo constrangimento, haja vista a gozação de amigos, sob o argumento de que o veículo estava sendo abastecido com combustível de péssima qualidade.

Na visita da Ferrari à Platinuss, a empresa pediu R$ 8.341 para reposição de peças, 15 dias depois de o carro ter sido vendido. Essas peças deveriam ser trocadas em garantia, não cobradas. E, ainda por cima, a Platinuss não forneceu nota fiscal de troca das peças; então, o dono não sabe se elas foram mesmo trocadas. Um mecânico de São Paulo, que esteve em Cuiabá avaliando o carro, disse que as tais peças não foram trocadas.

Apenas 42 dias depois, o carro retornou a Cuiabá, mas os mesmos problemas mecânicos se evidenciaram, além de terem ressurgidos novos, o que obrigou o dono a mandar o carro novamente a São Paulo.

Foi para lá dia 26/06 e ficou por cinco dias, até 30/06. Os problemas continuaram. Depois, se descobriu que a peça mais problemática era o alternador, que não transmitia corrente com normalidade. Seis dias depois, em 05/07, outra pane ocorreu, agora na Praça Popular, tradicionalmente freqüentada pela elite empresarial de Cuiabá, restando o carro rebocado. Mais um vexame sem tamanho.

Depois de alguns dias em São Paulo, o carro volta e aparecem outros problemas, agora no câmbio, que não engatava a ré com precisão. Nessa ocasião, a gerente da Platinuss, por nome Regina, confessou que já havia sido aberto o câmbio em oficina não oficial e teriam substituído por peça paralela, mas que tentariam solucionar.

Em 14/08, no trevo do bairro Santa Rosa, outra pane. Novamente, o carro fora rebocado. O dono da Ferrari cansou de lidar com a Platinuss e acabou levando o carro a outra empresa, que descobriu que o problema era mesmo no alternador, e ele foi trocado.

No total, o carro ficou mais de 100 dias em posse da Platinuss, que, anteriormente, tinha dito que o carro estava em perfeito estado. O comprador achou que o carro estava mesmo bom, já que ele tinha sido de uso particular do dono da Platinuss.

Mas descobriu-se que, anteriormente, o dono da Ferrari não fez uma revisão completa no modelo, revisão essa que era necessária. Ainda mais, se descobriu que o veículo tinha sofrido um grave acidente no passado.

O fato foi confirmado por uma empresa de São Paulo, que informou que a Ferrari tinha sofrido colisão traseira e tinha sido consertada na Via Itália, concessionária Ferrari em São Paulo. Assim, o veículo perdeu integralmente sua originalidade, pois as partes traseira e dianteira foram consertadas.

Quando uma análise maior foi feita, notou-se que existia o desalinhamento da estrutura do veículo, pois água adentra em seu interior quando utilizado em dias chuvosos. A parte elétrica continua assinalando problemas.

Mangueira do câmbio fora colocada de forma errada, isto é, dobrada, razão pela qual veio a estourar. O farol dianteiro precisa, constantemente, ser desmontado para se retirar a água que nele adentra, obviamente, que pela falta de alinhamento, já que todo seu entorno foi objeto de serviço de funilaria.

Agora, o assunto está nas mãos da lei, já que o dono da Ferrari entrou com processo contra a Platinuss e quer, além de ressarcimento pelos danos materiais, também indenização.






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