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MT Eleições 2014
Segunda - 12 de Abril de 2010 às 09:07
Por: Romilson Dourado

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A pré-candidatura a governador de Mauro Mendes (PSB), combatida tanto pelo Palácio Paiaguás quanto pelo Alencastro, transformou o quadro eleitoral numa incógnita, alimenta a expectativa de disputa de dois turnos e deve tornar a campanha majoritária mais cara, não apenas para o bolso do empresário, mas também para o governador Silval Barbosa, que busca a reeleição pelo PMDB, e para o ex-prefeito cuiabano Wilson Santos, pré-candidato do PSDB. Nas trincheiras, eles já esboçam discurso, preparam munição e argumentos para os enfrentamentos.

Mendes é visto como político com histórico similar ao de Blairo Maggi, um empresário que entrou na campanha de 2002 faltando apenas três meses para as eleições, pregou honestidade, novo jeito de fazer política e quebra de paradigma e ganhou no primeiro turno. De quebra, Maggi ainda se reelegeu quatro anos depois, também no primeiro turno. A estratégia de Mendes, que trocou o PR do ex-governador para o nanico PSB, é no sentido de "herdar" parte do eleitorado da chamada turma da botina que, em tese, apoia o projeto de reeleição de Silval. O problema é que, para atrair alguns segmentos, como o que ele próprio representa, que é o empresariado, Mendes ora bate no governo, o que atinge a gestão Maggi, ora escala correligionários para agir como opositores. As críticas mais duras são contra a carga tributária.

Nas viagens aos municípios em pré-campanha, Mendes evita críticas ao ex-companheiro de partido quando percebe que naquela região Maggi deixou marca, com obras e outros projetos. Nesse caso, o pré-candidato do PSB, para não perder aliados, tem sempre alguém pronto para cutucar o Paiaguás. Ele resolveu fazer acordo sobre discurso com o ex-procurador da República Pedro Taques, do PDT, principalmente quando é para bater no ex-governador. Mendes e Taques devem consolidar dobradinha majoritária, na corrida ao governo e ao Senado, respectivamente.

Wilson, por sua vez, tem discurso de oposição definido. A exemplo dos demais pré-candidatos, o tucano é teleguiado por imposição das pesquisas qualitativas, o que tira as virtudes de cada um. Discursa, apresenta ideias e projetos conforme mostram os indicativos das pesquisas e não mais a partir da impressão que tem junto aos eleitores. O ex-prefeito vai manter a linha dura contra o governo porque sabe que, conforme as amonstragens, o universo de descontentes se aproxima de 50%.

Com o poder da máquina, Silval permanece na mesma toada. Assumiu a vaga de Maggi e, discretamente, fez algumas mudanças de secretários de modo a não causar tanto impacto. O peemedebista prega a continuidade e, a dois meses das convenções e a cinco das eleições gerais, se prepara para contrapor uma série de críticas e denúncias que certamente surgirão. Silval tem esperança de boa fatia dos eleitores do governo do presidente Lula (PT) e do seu antecessor Maggi, com quem fará dobradinha na majoritária, reforçar o seu nome à reeleição.





Fonte: RD News

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