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Policia MT
Domingo - 04 de Abril de 2010 às 11:45

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O menino Kauã Felipe Lacerda Cintra Campos, de 6 anos, morreu eletrocutado após tocar numa cerca de arame farpado que estava eletrificada. O fato ocorreu na quinta-feira à noite, no bairro da Manga, em Várzea Grande. O aposentado Amâncio Costa de Alexandria, de 65, foi autuado em flagrante por homicídio doloso (quando existe a intenção). Ele admitiu na Delegacia do Complexo do Parque do Lago que tinha consciência do perigo e que qualquer pessoa que tocasse nela levaria um choque e poderia até morrer.

"Eu sabia que podia ocorrer qualquer risco, menos com uma criança", relatou aos policiais plantonistas. Ele acrescentou que os demais moradores da quitinete sabiam da cerca elétrica incluindo o padrasto e a mãe do menino. “Todo mundo que mora lá sabia que eu tinha eletrificado a cerca”.

A mãe do menino, Maria Juliana Lacerda Cintra, por sua vez, negou que tinha conhecimento da cerca elétrica. Lembrou que outra vizinha tem um filho da mesma idade. “Se a gente soubesse já tinha tomado uma providência”, explicou.

O delegado plantonista Fábio Silveira explicou que o aposentado praticou um dolo eventual, ao assumiu o risco de produzir uma morte eletrificando a cerca de forma irregular.

“Ele (o aposentado) não tomou os cuidados necessários e isso acabou provocando uma morte. Ele vai assumir as consequências por um ato impensado", frisou. Por se tratar de homicídio doloso, não existe fiança na delegacia. Caso o Ministério Público Estadual (MPE) também tenha o mesmo entendimento, o aposentado será julgado pelo Tribunal do Júri.

Segundo os vizinhos, o aposentado fez uma cerca elétrica improvisada ao puxar fios de energia elétrica de alta voltagem e encostado na cerca elétrica. Maria Juliana acrescentou que a família havia se mudado para as quitinetes há cerca de três meses.

A gambiarra, segundo policiais plantonistas, é diferente das cercas elétricas tradicionais e não é permitida. “Enquanto a cerca elétrica desses colocadas em quatro ou cinco fios em cima do muro, não puxa a pessoa, esse sistema improvisado dá um choque e gruda”, explicou um policial. (AR)





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