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Agronegócios
Segunda - 29 de Março de 2010 às 08:38

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O superintendente do Grupo Camargo, um dos mais tradicionais e premiados na criação de gado de elite de Mato Grosso e do país, pecuarista Luiz Antônio Fellipe, explica que a experiência por parte dos criadores é um dos principais fatores para que os animais cheguem a ser grandes campeões. O produtor explica que há algumas etapas a serem seguidas. O primeiro passo é escolher matrizes e doadores PO, objetivando que os recém nascidos sejam de boa linhagem e também para evitar a consaguinidade. Depois de nascido, o criador experiente logo observa se este animal tem característica para ser de pista.

Há cerca de 40 anos o grupo investe em animais de elite e em 1971 deu início à criação de nelore PO na fazenda Morro Vermelho com a aquisição de 40 novilhas procedentes dos melhores criatórios da época (VR e Hiroshi Yoshio). Em 1973, foram compradas 26 novilhas, algumas campeãs de pista e mais três garrotes do criador Torres Homem, proprietário da marca VR. Segundo Luiz Felippe, estas aquisições representaram um grande investimento e garantiram uma base genética excepcional e precursora da qualidade Camargo.

A base física do Grupo Camargo, no setor de criação de gado, está em 4 fazendas localizadas em São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Na Morro Vermelho, em Jaú (SP), é mantido o gado de elite, com 180 matrizes PO e POI. Na Camargo, propriedade com 68 mil hectares (ha), localizada em Nortelândia (MT), o rebanho de 21 mil cabeças tem 800 matrizes PO. Na São João S/A, com 58 mil hectares no município de Poconé (MT), no Pantanal, estão 15 mil cabeças de gado de corte. E a fazenda Campão, com 4.600 ha, em Bodoquena (MS), mantém 2.500 cabeças de gado de engorda.Todo o ciclo de produção desenvolvido pelo grupo começa na fazenda São João, onde é mantido somente gado de cria. Em seguida, o produto é enviado para a fazenda Camargo, onde é feita a recria e a engorda.

O superintendente do grupo disse que já chegou a comercializar um animal de elite até por R$ 400 mil. Um touro produto de melhoramento genético, classificado como PO, pode alcançar valores expressivos depois de premiado em exposições. Suas características de fenótipo da raça, tais como conformação de musculatura, pelagem, capacidade de transmissão dessas características à prole e ganho de peso, lhe conferem prestígio e chega a dobrar seu peso quando negociado. Fora das pistas de leilões e de exposições sua única serventia é a produção de sêmen para uma progressão aritmética de sua prole.

Um touro em idade reprodutiva e com raça aprimorada pode deixar, em tese, uma prole de mais de 70 mil filhos espalhados no mundo se cumprido o ritual de coleta de seu sêmen e inseminação artificial em outras vacas. Em média, um touro tem seu sêmen coletado uma vez por mês. A cada coleta, produz uma média de 250 doses de esperma. Os valores mais baixos de uma dose é de R$ 20. Assim, numa progressão aritmética, um touro considerado bom reprodutor fornece 12.000 doses ao ano, que rendem por baixo cerca de R$ 240 mil. (WT)





Fonte: A Gazeta

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