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Cidades/Geral
Sábado - 27 de Março de 2010 às 09:12
Por: Renê Dióz

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A greve dos dentistas de Cuiabá tem chances de se encerrar a partir de segunda-feira, segundo divulgou ontem o presidente do Sindicato dos Odontologistas (Sinodonto), Gustavo de Oliveira. Ele afirmou que a volta dos profissionais ao atendimento na rede municipal depende da garantia, por parte da prefeitura, de que o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) conquistado pela categoria nas negociações seja enviado com agilidade para aprovação na Câmara de Vereadores.

Como o PCCV já foi feito e precisa apenas de alguns ajustes, ele pode ser enviado logo à Câmara, explica Oliveira. Os profissionais esperam receber da prefeitura a garantia de trâmite imediato do projeto na segunda-feira, quando representantes de ambos se reúnem. Ali mesmo, caso tudo corra de acordo com o que exigem os dentistas, Oliveira poderá anunciar a volta de 100% dos profissionais ao atendimento. Ele informou que não será necessário votar o fim da greve em assembleia, pois os demais sindicalizados lhe deram carta branca para decidir por todos, o que agiliza tudo.

Os dentistas iniciaram a paralisação no dia 25 de janeiro para reivindicar melhores condições de trabalho e aumento salarial – de R$ 847,20 para R$ 1,1 mil (mais o prêmio saúde, que eleva os vencimentos para cerca de R$ 1,6 mil). Durante este período, o Sinodonto calcula que a população foi prejudicada pela falta de realização de mais de 70 mil procedimentos odontológicos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A negociação com a prefeitura seguiu truncada na maior parte do tempo desde o início da greve. Apenas esta semana as partes acenaram para o final da crise entre elas, com a prefeitura finalmente apresentando uma proposta salarial aceita pelos profissionais – segundo a proposta, o salário dos dentistas passa a ser de R$ 1,3 mil. Para o Sinodonto, é uma proposta aceita com vistas ao futuro, uma vez que se trata apenas da incorporação do valor dos prêmios ao salário – ou seja, não houve ganho real com a proposta, pelo menos imediato.

Por conta disso, os profissionais reativaram o atendimento em setores como o Programa de Saúde da Família (PSF) do distrito da Guia e no Serviço de Atendimento Especial (SAE), para pessoas acometidas por doenças – como Aids e tuberculose – que afetam a imunidade do organismo. O atendimento a traumas no Pronto-Socorro de Cuiabá, onde atuam oito cirurgiões-dentistas, foi o único que não parou durante a greve, mesmo quando o Sinodonto resolveu radicalizá-la com “paralisação 100%” nos serviços pelo SUS em Cuiabá. A greve também foi marcada por participações polêmicas de dentistas manifestantes nas recentes inaugurações de fim de mandato do prefeito Wilson Santos.






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