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Cidades/Geral
Sexta - 26 de Março de 2010 às 07:52

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Os três advogados de Nova Mutum (a 264 quilômetros de Cuiabá) presos na semana passada depois de acusados dos crimes de extorsão, fraude processual, patrocínio infiel e estelionato, cumprem prisão domiciliar. Na quarta-feira à noite, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso concedeu habeas corpus (HC) para os presos Gustavo Castro Garcia, Cassius Zacanella e Cássio Felipe Miotto. O HC foi concedido pelo desembargador Luiz Ferreira da Silva.

O advogado Waldir Caldas, responsável pela defesa de Cassius Zacanella, apontou ilegalidade nas prisões. “Os advogados têm direito à prisão domiciliar, pois o secretário de Estado de Segurança, Diógenes Curado, afirmou que era impossível recolher os acusados em sala especial, como prevê o estatuto do advogado. Devido ao não cumprimento da lei, foi feito um requerimento ao Tribunal de Justiça”, enfatizou Waldir Caldas.

A prisão foi requerida pelo promotor Pedro da Silva Figueiredo, em decorrência de uma investigação da Promotoria de Justiça em Nova Mutum. Agora, o promotor aguarda a conclusão do inquérito para oferecer denúncia ou arquivar o caso. “Após o término das investigações, o inquérito retornará ao MP, onde será dado o parecer final”. Se forem indiciados, os três advogados vão responder processo criminal.

Segundo o advogado Waldir Caldas, seu cliente nega, veemente, que tenha praticado crime de extorsão. Porém, confirmou que ele apresentou proposta de acordo em uma ação trabalhista contra o fazendeiro Gureino Ferrarim, que é também acusado de tentativa de estupro pela autora da ação. O advogado informou ainda que Zancanella não era representante de nenhuma das partes na ação trabalhista, ele teria atendido um pedido dos defensores da suposta vítima do processo, que se encontravam em Cuiabá no dia do acordo.

Cassius Zancanella foi preso em flagrante. Os outros dois presos - Gustavo Garcia e Cássio Mioto - se apresentaram ao Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) na Capital, quando tomaram conhecimento dos pedidos de prisão. (AC)






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