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Agronegócios
Sábado - 20 de Março de 2010 às 16:01
Por: Cristiane Celina

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Está em andamento, no Campo Experimental da Empresa Matogrossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) de Tangará da Serra, o projeto de pesquisa que analisa o comportamento de cultivares de abacaxizeiros no Estado. Com os resultados da pesquisa, será possível recomendar aquelas que apresentarem maior adaptação em termos de produtividade e qualidade do fruto. Também ofereceremos alternativas de novas cultivares resistentes à Fusariose (doença mais devastadora do abacaxizeiro no Brasil, causando podridão dos tecidos afetados), disponibilizando um fruto mais saudável e um sistema de produção mais econômico e com menor poluição ambiental.

O experimento está sendo coordenado pela pesquisadora da Empaer - que é a instituição executora, neste caso – Doutora Maria José Mota Ramos, com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), que é a instituição financiadora do projeto que podem ser utilizadas tanto para consumo in natura quanto para industrialização.

Cultivares - Imperial (pela primeira vez testada em MT) e Vitória: Mais resistente à Fusariose (doença causada pelo fungo Fusarium Subglutinans). Não apresenta espinhos nas folhas, o que facilita o manejo; Pérola (Formato mais cônico) e Jupi (Formato mais cilíndrico): A diferença básica entre as duas cultivares está no formato do fruto. A Jupi é mais interessante para a indústria, pois há um maior aproveitamento do fruto devido ao seu formato cilíndrico; MD -2 ou Golden: É a preferida internacionalmente, pelo sabor e maior teor de açúcar;  e Smooth Cayenne (mais conhecida como Havaí): Possui características de sabor e conteúdo físico-químico que se adequa para o processamento.

Segundo a pesquisadora Doutora Maria José, a demanda por consumo de frutas é um dos fatores, que tem crescido ao longo dos anos, tanto pelo aumento da população idosa, que requer uma alimentação mais equilibrada como também pelo aumento no número de pessoas mais conscientes que buscam uma alimentação saudável.

“A fruticultura tem grande importância econômica e social, pois gera mais emprego e renda e não há desenvolvimento sem pesquisa científica”, ressalta Doutora Maria José.

Ao longo do projeto foram realizadas avaliações vegetativas, nutrição da planta, floração e serão ainda avaliadas a produção, qualidade sensorial e tudo o que se refere à qualidade do fruto (aroma, sabor, textura, acidez, etc.).

Num período de 10 a 12 meses após o plantio, pode-se induzir a planta à floração com fitohormônio e em aproximadamente 5 a 6 meses poderá ser feita a colheita. O período do plantio à colheita vai depender do tipo e tamanho de muda, nutrição adequada da planta, suscetibilidade à doenças e pragas, além de outros fatores que interferem no crescimento e desenvolvimento da planta. 





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