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Policia MT
Sábado - 20 de Março de 2010 às 14:07

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Uma conversa mal entendida terminou com a morte do pedreiro João Rosa Cardoso dos Santos, 38 anos. O crime cometido por dois menores aconteceu em Canarana, a 780 km de Cuiabá, dia 5 de março.

A vítima levou duas facadas pelas costas quando estava indo para casa de bicicleta. O motivo teria sido por causa de R$ 100 que um dos acusados pegou do pedreiro e o comentário de que ele iria dar uma surra no rapaz. A mãe da vítima, Donalda Souza Santos, afirma que é mentira a promessa de surra e que o seu filho foi apunhalado pelas costas.

A família protesta também que o pedreiro não foi devidamente atendido no Pronto Socorro de Barra do Garças para onde foi encaminhado e morreu em função de uma perfuração no intestino grosso que não foi detectada há tempo pelos médicos.

“Demoraram para operar o meu filho. Trataram ele como porco, eu não tenho medo de dizer isso” desabafa a mãe. De acordo com a família, João Rosa foi atendido primeiramente em Canarana, depois foi encaminhado para Água Boa e posteriormente em Barra do Garças.

Foram seis dias de agonia para a família, todavia o quadro médico do pedreiro piorou ao ponto dele morrer dia 13 de março. O pai do trabalhador, Abílio Cardoso dos Santos, chora ao lembrar do fato dizendo que o seu filho não era bandido e não fez ameaça de pegar ninguém. A confusão com os menores ocorreu quando ele estava num bar bebendo e foi pagar a conta com uma nota de 100,00 e o proprietário do bar não tinha troco. Foi quando um dos acusados pegou a nota para trocar e fugiu. Um outro homem que estava no bar comentou que a atitude de garoto era merecedora de uma surra.

Segundo a família, João não falou nada e preferiu pagar a conta em outro dia. A conversa chegou diferente ao acusado que chamou um colega e resolveu pegar a vítima. João estava morando há quatro anos em Canarana e conseguiu um serviço de pedreiro na prefeitura, entretanto sua família mora em Aragarças-GO. Seu pai, Abílio, é morador pioneiro da cidade goiana cujo nome dele é emprestado a rua que a família mora enfrente ao colégio estadual Pompeu de Pina.

Outra indignação da família é com relação a maneira que o Pronto Socorro de Barra do Garça atendeu o pedreiro. Eles atribuem a morte do trabalhador ao descaso do PSM que demorou a estancar a hemorragia e realizou a operação tardiamente. João Rosa teve uma das tripas perfurada. A irmã chega afirmar se a família tivesse dinheiro para retirá-lo para um hospital particular o pedreiro talvez teria sobrevivido ao ferimento. Os autores do crime pelo fato de serem menores serão internados por um período no máximo de 3 anos.

com Ronaldo Couto/de Barra do Garças






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