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Policia MT
Quinta - 18 de Março de 2010 às 08:37
Por: Adilson Rosa

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Atingido foi parar no PSC. Amigo procurou Cisc do Coxipó para registrar queixa do atentado, onde estava PM que atirou
Atingido foi parar no PSC. Amigo procurou Cisc do Coxipó para registrar queixa do atentado, onde estava PM que atirou

A polícia enfrenta mais uma situação em que pessoas são baleadas por engano por policiais que alegam perseguição. Ontem de madrugada, o sargento PM Paulo Roberto Nunes Júnior, de 28 anos, atirou contra dois rapazes que estavam numa motocicleta e emparelharam com o Fiat Uno do militar. O sargento PM disse ter visto um deles ameaçando mostrar um revólver e, em seguida, sacou sua pistola ponto 40 mm e atirou contra os ocupantes da moto.

Um dos tiros atingiu Sandro de Oliveira da Luz, de 20 anos, na perna esquerda. O colega dele, Átila Alexandre de Arruda, de 22, saiu ileso. O fato ocorreu por volta da 1h30, na BR-364, em direção a região do Pedra 90, onde o militar reside.

Sandro e Átila disseram que, mesmo com o disparo, não perderam o equilíbrio e continuaram seguindo na moto. Eles procuraram a Delegacia do Complexo do Coxipó para pedir ajuda. Os dois relataram que um homem atirou contra eles e deixou um baleado. Os jovens estavam confusos e não sabiam se eram vítimas de uma tentativa de assassinato ou de roubo. Explicaram que o tiro partiu de um carro que eles iriam ultrapassar, um Uno Fiat branco.

De imediato uma viatura da PM foi acionada e levou Sandro até o Pronto-Socorro de Cuiabá (PSC), onde passou pelo box de emergência e ficou em observação. Átila ficou na delegacia para registrar queixa de tentativa de homicídio.

Nesse ínterim, o sargento PM procurou a Delegacia do Coxipó para avisar que foi vítima de uma tentativa de assalto praticada por dois ocupantes de uma motocicleta. Ao ver Átila, o militar o reconheceu, mas nenhuma arma foi encontrada. Átila garantiu que não estava armado e voltava para casa no momento em que vários tiros foram disparados em direção a moto.

Policiais plantonistas não souberam informar se Átila e Sandro possuem antecedentes. “É uma situação difícil, pois eles (os dois rapazes) procuraram a polícia alegando ser vítimas. Se fossem praticar mesmo um assalto, não procurariam nem mesmo o Pronto-Socorro”, observou um policial plantonista.

Como não havia provas de que os dois rapazes estavam praticando roubo, e o militar alegou que estava sendo perseguido pelos motociclistas, o delegado plantonista, então preencheu um termo circunstanciado de lesão corporal colocando Sandro como vítima e o militar como acusado. O caso vai ser julgado pelo Juizado Especial Criminal do Coxipó.






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