Éder de Moraes deixa a Fazenda e passa a conduzir a Casa Civil, com a missão de ser o interlocutor técnico e politico do governo Silval Barbosa, a partir de 1º de abril
Éder vai para Casa Civil; Vivaldo e Edmilson brigam pelo comando da Sefaz

    Éder de Moraes será o principal interlocutor político do governo Silval Barbosa. O peemedebista que assume o Palácio Paiaguás no próximo dia 31 decidiu remanejar o seu secretário de Fazenda para a Casa Civil. Silval fechou entendimento com Éder desde semana passada. Trata-se de um executivo de banco que começou na administração Blairo Maggi, em 2003, como presidente do MT Fomento. Está há mais de dois anos cuidando do caixa do Estado.

   A transferência de Éder para a Casa Civil foi o que Silval considera de melhor alternativa caseira para enfrentar uma das fases mais complexas da administração. O vice-governador vai ocupar a cadeira de Blairo Maggi já numa fase de acirramento da pré-campanha, visando as eleições gerais de 3 de outubro, num momento em que oposicionistas como o prefeito cuiabano Wilson Santos (PSDB) e o senador Jayme Campos (DEM) se unem para desancar a gestão Maggi. Caberá a Éder atuar como porta-voz do Paiaguás, ora com cunho mais técnico, ora com atuação mais política, principalmente junto à Assembleia.

    A tendência é que Silval enfrente fogo cruzado por causa das investidas de Éder, que, no afã de se tornar o trator do governo, acaba trombando com alguns segmentos. É o que vem ocorrendo, por exemplo, na pasta da Fazenda. O empresariado tem feito críticas ao secretário, que deflagrou uma série de operações para coibir sonegação e evasão fiscal e, assim, melhorar a arrecadação do Estado. Para o setor está havendo espécie de "caça às bruxas".

    Na Fazenda

    Éder de Moraes sugeriu a Silval, que está em pré-campanha pelo Paiaguás, dois nomes para conduzir a Sefaz, sendo o seu assessor especial Vivaldo Lopes, ex-secretário de Finanças de Cuiabá por oito anos na gestão Roberto França, e também o adjunto Edmilson José dos Santos, que comandou a Fazenda por alguns meses, com a saída do primeiro escalão de Valdir Teis, hoje conselheiro do Tribunal de Contas. Silval ainda não decidiu sobre quem nomeará à Fazenda.

    De 22 secretarias, o peemdebista já definiu 10. Para a pasta da Saúde, Silval começou um entendimento com o médico Kamil Fares, presidente da Unimed-Cuiabá. O curioso é que Kamil é mais ligado hoje ao prefeito Wilson, de quem quase foi candidato a vice-prefeito nas eleições de 2008. O médico se tornou o nome mais cotado para substituir o secretário Augustinho Moro.