Publicidade
Repórter News - reporternews.com.br
Policia MT
Sexta - 05 de Março de 2010 às 09:16
Por: José Ribamar Trindade

    Imprimir


Uma grande quantidade de pessoas está “marcada” para morrer assassinada em Cuiabá e Várzea Grande, a maioria na Capital. Um homem de meia idade, conhecido como “Pé de Ferro”, do bairro Alvorada está entre as próximas vítimas de execução. Dois jovens com menos de 25 anos estão “encomendados” no bairro Dom Aquino. Um rapaz que mora no bairro Três; dois garotos do Planalto e dois jovens com menos de 20 anos do bairro Pedra 90, fazem parte de uma lista com mais de 200 nomes de pessoas marcadas para morrer este ano.

As previsões são de um ex-presidiário, entrevistado com exclusividade pelo Portal 24 Horas News. O homem que reside na Grande Morada da Serra, e que também já foi informante da Polícia, garante que se não existisse, ou se a Polícia conseguisse baixar o alto íncdice de tráfico de drogas, os homicídios, latrocínios (roubos seguidos de morte) e os roubos e furtos cairiam mais de 70% na Grande Cuiabá.

Para o ex-presidiário, a comunidade de cada bairro sabe que são os bandidos, principalmente quem são os assaltantes, os arrombadores, os traficantes e até os policiais que fazem acerto para facilitar o tráfico de drogas. A comunidade sabe também quem são as pessoas encarregadas de matar e quem está marcado para morrer.

“Quantos já morreram este ano na base do tiro? Já foram mais de 30 acertos de contas com queima de arquivo. Algumas mortes já estavam encomendadas desde o ano passado, quando mais de 200 pessoas foram executadas em Cuiabá e Várzea Grande. Olha, não sei quantas pessoas foram executadas por encomenda no ano passado, mas sei que foram muitas. Mais de 200 pessoas, a maioria jovens e garotos, podem anotar, serão mortos este ano, principalmente pelo envolvimento com o tráfico e o uso de drogas”.

“Digo e afirmo, nem a Polícia Militar, muito menos a Polícia Civil tem condições de evitar os crimes encomendados. Até porque, não são poucos, mas principalmente porque são concretizados, sempre do mesmo jeito: de surpresa, em locais diferenciados. As duas polícias só vão começar a baixar a criminalidade quando trabalharem diretamente com a comunidade, e começarem a combater diretamente o tráfico de drogas, o que não é fácil, mas também não é impossível. Basta que a comunidade seja ouvida e o caso droga seja tratado com seriedade por pessoas sérias, idôneas, que não se envolvam e sejam corrompidos por traficantes, como hoje acontece”, alerta.

Afirmando que sabe das coisas, o ex-presidiário afirma que no bairro Alvorada, por exemplo, existe um homem envolvido com pistolagem (pessoas paga para matar), dando uma de “justiceiro”, como se estivesse matando para a Polícia de quem se diz informante. Mas mesmo tempo ele é visto ao lado de traficantes, para quem também diz trabalhar. Por isso pode ser executado a qualquer momento.

“O cara fala pelos cotovelos, principalmente quando está bêbado ou drogado. Costuma dizer que mata por encomenda para traficantes, mas também alega que mata para a Polícia. Podem escrever, ele será executado, não vai demorar muito. Justamente porque não sabe em que lado ele está e, principalmente porque não sabe conter a própria língua”.

A disputa entre gangues no bairro Dom Aquino está nas previsões do ex-presidiário. Ele garante que pelo menos seis pessoas, todas jovens, serão executadas este ano no bairro Dom Aquino. Duas delas estão encomendadas para logo. Também estão “encomendadas” mortes nos bairros Três Barras, Alvorada e Pedra 90.

“No ano passado mataram mais de dez pessoas no bairro Pedra 90 - no total, segundo dados da Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP), foram 14 assassinatos -, este ano será pior. Por lá mais pessoas serão executadas, justamente pela disputa do tráfico de drogas”, afirma.

Para finalizar, o ex-presidiário afirma com muita segurança, que sem o tráfico, Cuiabá e Várzea Grande não registrariam nem 100 assassinatos por ano, e os casos de roubos e furtos caíram em mais de 50%.

“Os caras estão matando aviões e usuários de drogas por cem reais, ou em troca de uma cabeça de basta base de cocaína. Os caras também estão matando para roubar porque estão drogados e precisam comprar mais droga, ou pagar dívidas de drogas. Por isso eu afirmo com convicção de quem conhece o extremo da violência, que os crimes de assassinatos cairiam mais de 70%, e os crimes de roubos e furtam cairiam mais de 50% em Cuiabá e Várzea Grande, se as polícias combatessem o tráfico de drogas com rigor e, principalmente se ouvisse a comunidade.






Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/140893/visualizar/