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Quarta - 03 de Março de 2010 às 13:29
Por: Kelly Martins

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O vice-presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador Paulo da Cunha, afirma que o trabalho agora é para recuperar a credibilidade e a imagem desgastada do judiciário mato-grossense. “Só o tempo vai dizer. E a nossa conduta agora também é um fator importante para a restauração dessa credibilidade que todas as instituições tem que ter perante a sociedade”, declarou logo após a sessão de escolha, realizada na manhã desta quarta-feira (3), em que o desembargador José Silvério Gomes foi eleito com 23 votos.

Cunha aposta no novo comando e avalia que José Silvério tem capacidade e competência para estar à frente da instituição. Apesar de ter sido cotado nos bastidores para entrar na disputa pelo cargo por um grupo de magistrados, Cunha quis deixar claro que não abriu mão da candidatura porque não era candidato.

O desembargador disse estar realizado na função que desempenha há um ano. No entanto, pondera que nesse momento será um pouco mais “pesado”. Isso diante das denúncias de improbidades contra magistrados que culminou na punição disciplinar do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) atingindo o ex-presidente, Mariano Travassos, outros dois desembargadores e sete juízes.

A decisão do Conselho parece ter abalado os magistrados que aproveitaram a sessão de hoje para lamentarem a situação. No discurso de abertura, Paulo Cunha afirmou que abriu a sessão extraordinária da escolha do novo presidente com "profunda tristeza".

Questionado a decisão, o vice-presidente preferiu não dizer se era a favor ou contrário ao CNJ. Apenas destacou que cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF) avaliar, caso seja acionado pelos magistrados que tentam recorrer contra a aposentadoria compulsória.






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