Fora do poder, PR deve perder espaço na AL; PP se segura em Riva
O PR, maior legenda do Estado com 6 deputados estaduais, 2 federais, 33 prefeitos, 17 vice, 228 vereadores e mais a cadeira de governador, não deve conseguir manter a bancada na Assembleia. Primeiro, porque não terá mais a força da máquina e do governo, já que Blairo Maggi renuncia ao mandato no próximo dia 31. Isso impacta negativamente na expectativa de poder. Segundo, o quociente eleitoral deve chegar a 64,7 mil e, terceiro, o desgaste da bancada governista.
Dos seis republicanos, Mauro Savi, líder do governo no Legislativo, deve concorrer à Câmara Federal. Os outros cinco enfrentam dificuldades para reconstruir suas bases eleitorais, com exceção de Sérgio Ricardo, na Grande Cuiabá, e do evangélico Sebastião Rezende, de Rondonópolis, empurrado pela Assembleia de Deus. Wagner Ramos, de Tangará da Serra, João Malheiros, na Capital, e Jota Barreto, em Rondonópolis, se vêem sufocados por causa da concorrência e do desgaste. O ex-prefeito de Itiquira Ondanir Bortolini, o Nininho, por exemplo, se transformou num adversário de Barreto dentro e fora do PR. Embora tenha base forte no município vizinho, Nininho mora em Rondonópolis e já montou uma grande estrutura para campanha à Assembleia.
Três partidos (PP, DEM e PMDB) dividem hoje a segunda maior bancada na Assembleia, cada um com quatro representantes. Os progressistas são os mais animados e, ao mesmo tempo, se mostram temerosos. Acontece que o "puxador de votos" do partido, o presidente da Assembleia José Riva, está hoje inelegível e, se não conseguir reverter a situação, ficará de fora. Com Riva, que em 2006 se reelegeu com 82.799 votos, o PP pode garantir até cinco vagas, já que a expectativa do parlamentar é superar a 100 mil votos, o que garantiria entre duas a três vagas na sobra. Sem Riva, o partido teria dificuldades de eleger dois. Integram a bancada do PP Maksuês Leite, Antonio Azambuja e Airton Português, além de Riva.
O DEM vive uma briga interna para manter a mesma bancada, hoje com Dilceu Dal Bosco, José Domingos, Gilmar Fabris e a recém-filiada Chica Nunes (ex-PSDB). O PMDB, mesmo com a candidatura de Silval Barbosa, que assume o governo estadual neste mês e concorrerá ao Paiaguás, também terá dificuldades para garantir quatro representantes, como hoje, incluindo Nilson Santos e Antonio Brito, que se tornaram titulares com a cassação de Walter Rabello e a renúncia de Zé do Pátio. Wallace Guimarães saiu do DEM e se juntou aos peemedebistas e joga pesado para se reeleger, assim como Adalto de Freitas, o Daltinho, que passa a ter uma concorrência maior na região do Araguaia.
Representado hoje por Ademir Brunetto e Alexandre Cesar, que está no lugar de Ságuas Moraes, o PT busca uma chapa própria para garantir a mesma bancada, assim como outros quatro partidos (PSB, PDT, PPS e PSDB) que contam apenas com uma cadeira no Legislativo mato-grossense.
Deputados e as bancadas na Assembleia:
PR - 6
Mauro Savi
Jota Barreto
Sebastião Rezende
Wagner Ramos
João Malheiros
Sérgio Ricardo
DEM - 4
Dilceu Dal Bosco
José Domingos
Gilmar Fabris
Chica Nunes
PP - 4
José Riva
Maksuês Leite
Antonio Azambuja
Airton Rondina, o Português
PMDB - 4
Nilson Santos
Antonio Brito
Adalto de Freitas, o Daltinho
Wallace Guimarães
PT - 2
Ademir Brunetto
Alexandre Cesar
PSB - 1
Vilma Moreira
PPS - 1
Percival Muniz
PDT - 1
Otaviano Pivetta
PSDB - 1
Guilherme Maluf
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