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Agronegócios
Terça - 02 de Março de 2010 às 09:30
Por: Marianna Peres

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Apesar das fortes precipitações e do avanço da doença ferrugem asiática, os sojicultores mato-grossenses aceleram para colher o grão e dar espaço à safrinha, com o cultivo do milho. Conforme Boletim Semanal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), dos mais de 6,12 milhões de hectares semeados com soja na atual temporada (09/10), pouco mais de 3,1 milhões estão colhidos, o que corresponde a 50% da área.

Segundo o Imea, Mato Grosso, maior produtor de soja do Brasil, deverá atingir 18,37 milhões de toneladas e concretizar área de 6,12 milhões de hectares. Se as estimativas foram alcançadas, será a maior produção e a maior superfície já coberta com o grão no Estado.

Em relação ao mesmo período do ano passado - 26 de fevereiro, quando o Imea compilou as informações, última sexta-feira - houve avanço de 15 pontos percentuais, já que a colheita em 2009 atingia somente 35,2% de uma área 7% menor. A velocidade dos trabalhos se dá em função da maior adesão por variedades de ciclos mais curtos, as chamadas de soja precoce. O produtor focou a precocidade da primeira safra para poder aproveitar o regime de chuvas e plantar a safrinha do milho, ou, algodão, fazendo duas safras em um ano.

Apesar do avanço, o Imea chama à atenção para cuidados inerentes às doenças de final de ciclo, entre elas, a ferrugem asiática, doença fúngica que corrói a renda do produtor e a produtividade dos hectares. “O Estado alcançou metade da área colhida, no entanto o que está na lavoura, ainda inspira cuidados, pois está confirmada a necessidade de mais uma aplicação de fungicida para controle da ferrugem”.

Com esta afirmação, a sojicultura mato-grossense sabe também que os custos de produção para a atual temporada ficarão acima do estimado durante o planejamento de safra feito ainda em 2009. Como exemplo da majoração, o Imea cita o município de Sorriso, que detém a maior área destinada à cultura no mundo, com mais de 600 mil hectares disponíveis ano a ano. “O custo total efetivo de Sorriso - 460 quilômetros ao norte de Cuiabá -, neste mês chegou a R$ 1.579,46. Apenas com despesas operacionais foram R$ 35,56 de acréscimo por hectare. Além disso, foi levado em consideração não só esses custos como também valores atuais de diesel e salário”.

REVENDO – O Imea reajustou estimativas ao milho, com acréscimo mensal de 2,1%. Este incremento de área plantada no Estado, especialmente nas regiões médio norte e norte, projeta agora uma área total de 1,8 milhão de hectares, volume 8% superior à área da safrinha 08/09. A área a ser ocupada com o milho equivale a 29,6% da área plantada de soja.






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