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Politica MT
Sábado - 20 de Fevereiro de 2010 às 08:56
Por: Ângela Jordão

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O recente anúncio do deputado Carlos Abicalil (PT) de que pretende disputar o Senado nas eleições de outubro, em detrimento da candidatura à reeleição da senadora Serys Slhessarenko, seria mais uma manobra do ex-ministro José Dirceu para recuperar o poder dentro do Partido dos Trabalhadores. Dirceu está percorrendo todo o Brasil em articulações, revelou a revista IstoÉ desta semana.

Dirceu e Abicalil têm estreitas relações e dentro do PT pertencem à mesma corrente. Ano passado, o grupo de Abicalil, denominado “Construindo um Novo Brasil”, promoveu um encontro em Cuiabá com a participação de Dirceu. Os demais grupos, inclusive o da senadora Serys, nem foram convidados a participar.

Abicalil justifica sua decisão de disputar o Senado dizendo que, assim, o PT terá maior possibilidade de eleger dois deputados federais. Ele citou os nomes de Serys e do secretário estadual de Educação, Ságuas Moraes, como vias para conquistar as duas cadeiras – além da sua possível eleição para o Senado. O deputado argumenta ainda que em seguidas pesquisas eleitorais estaria à frente da senadora.

Já o ex-ministro José Dirceu tenta reconquistar o poder perdido depois do escândalo do mensalão em 2005. Além de Mato Grosso, Dirceu teria se “intrometido” no PT do Pará e do Ceará, provocando desentendimentos internos e com aliados políticos. No Ceará, por exemplo, deu a entender que, se Ciro Gomes mantiver a candidatura à Presidência, o PT cearense poderá retirar o apoio à reeleição do governador Cid Gomes (PSB). O ministro ainda usaria a prerrogativa de ter sido ministro da Casa Civil em seus contatos políticos.

As manobras de Dirceu estão desagradando outros líderes petistas e até o presidente Lula. “Ele não é a voz do PT”, afirmou o presidente eleito da sigla, José Eduardo Dutra.

“Para alguns observadores, Dirceu aproveita sua volta ao diretório nacional do PT para montar uma base política, especialmente no Senado, com a qual vai emparedar o presidente que for eleito em outubro, mesmo que seja Dilma Rousseff. - Quando Dilma se der conta, pode ser tarde - alerta um petista da Executiva”, analisou a IstoÉ.






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