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Sábado - 20 de Fevereiro de 2010 às 08:42
Por: Ana Rosa Fagundes

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Deputado Percival Muniz é o autor do requerimento que criou a CPI da Unemat no ano passado
Deputado Percival Muniz é o autor do requerimento que criou a CPI da Unemat no ano passado

Criada em dezembro do ano passado, há mais de dois meses, os trabalhos da CPI da Unemat da Assembleia Legislativa só terão início na próxima semana. Tendo como estopim o cancelamento do concurso público do governo do Estado, realizado no dia 22 de novembro do ano passado, a CPI vai investigar irregularidades na Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), na gestão do reitor Taisir Karim. Por enquanto a CPI não saiu do papel, mas como se trata de um ano eleitoral a expectativa é de que o assunto provoque discussões acirradas durante as sessões plenárias. Autor do requerimento, o deputado Percival Muniz (PPS) deve presidir a Comissão. Há uma sistemática na Casa para quem apresente a proposta, automaticamente, presida os trabalhos.

O socialista trabalha, junto com PDT e PSB, na candidatura do empresário Mauro Mendes (PSB) ao governo do Estado e, dependendo das investigações, o resultado da CPI pode servir de arma eleitoral contra o atual governo, que tem o vice-governador Silval Barbosa (PMDB) como candidato do grupo situacionista.

Outra agravante é que, como tem prazo regimental de 180 dias para concluir os trabalhos, o relatório final deve ficar pronto em agosto, época em que as discussões sobre o pleito de outubro estarão fervendo.

Ainda faltam ser definidos os cargos de relator e vice-presidente. Os outros titulares são, além de Muniz, os deputados Hermínio Barreto (PR), Airton Português (PP), José Domingos Fraga (DEM) e Adalto de Freitas (PMDB), o Daltinho. As comissões são formadas por deputados por representatividade na Casa.

O concurso foi suspenso devido a irregularidades ocorridas na aplicação do exame e suspeita de vazamento da prova. A Unemat foi a responsável pela elaboração e aplicação das provas, contratada pela Secretaria de Administração do Governo (SAD). Anunciado como o maior concurso da história de Mato Grosso, 270 mil pessoas de inscreveram para concorrer a mais de 10 mil vagas no governo, a cargos diversos.

Para evitar novos problemas, o governo dividiu o concurso em duas etapas. No dia 31 de janeiro, para os cargos de nível médio, e no dia 21 próximo para os cargos de nível superior.

O presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PP), mesmo antes da CPI, já convocou o reitor da Unemat, Taisir Karim, e o secretário de Estado de Administração, Geraldo De Vitto, para prestarem esclarecimentos sobre os problemas ocasionados com o cancelamento do concurso.

Não é a primeira vez que a gestão de Taisir é colocada em xeque pela Assembleia. No primeiro semestre deste ano o Legislativo já debateu sobre o assunto baseado em denúncias de irregularidades que partiram do Sindicato dos professores.






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