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Agronegócios
Sexta - 19 de Fevereiro de 2010 às 13:20

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Uma nova doença ameaça as plantações do Médio Norte, deixando sojicultores - já em alerta pela incidência da ferrugem - ainda mais atemorizados.

Trata-se da “Soja Louca II”, uma doença que se ampliou na região, e segundo estimativa do setor produtivo local, já responde por uma perda de 2% da produtividade da safra 2009/2010.

Diferentemente da ferrugem, que é reconhecida pela pigmentação alaranjada, o sinal da “Soja Louca II” é o inverso, ou seja, a planta fica verde o tempo todo e não atinge a maturação, favorecendo posteriormente a própria ferrugem.

Com este desempenho negativo, explica o fitopatologista Maurício Meyer, da Embrapa, “a planta acaba abortando os grãos”. “A cada ano o problema tem se agravado e a ocorrência é alta neste ano”, confirma o presidente do Sindicato Rural de Sinop, Antônio Galvan.

Segundo o fitopatologista Meyer, ainda não há explicações para o surgimento da anomalia nas plantas, assim também como não se tem ainda um modo de evitá-la, seguindo um manejo mais eficiente.

A razão mais provável, diz ele, seria a junção de fatores como altas temperaturas, maior quantidade de matéria orgânica no solo, ataques de alguns tipos de ácaros e a aplicação de herbicidas, fungicidas e inseticidas.

Já houve um tempo, rememora, que a doença era ocasionada por um ataque intenso de percevejos. “Há uns 15 anos, só aparecia esporadicamente e principalmente nas regiões do Maranhão, Pará e Tocantins, onde o clima é mais quente”, explica Meyer.

Como o Médio Norte tem ultimamente apresentado condições climáticas parecidas, a ocorrência da “soja louca II” tem mostrado surpreendente, porêm, preocupante evolução.

No próximo mês a Embrapa deve emitir um comunicado dando orientações a respeito das formas de manejo aplicáveis à esta doença. Uma das soluções, orienta o órgão federal, pode ser a incorporação do resto de cultura, com gradagem do solo.






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