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Economia
Sexta - 19 de Fevereiro de 2010 às 09:07
Por: Marcondes Maciel

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Pelo quarto ano consecutivo, Mato Grosso manteve-se na liderança do ranking dos Estados mais que destinaram embalagens vazias de defensivos agrícolas, com 23,6% do volume processado no país. Segundo levantamento do inpEV – instituto que representa a indústria fabricante de defensivos agrícolas – de janeiro a dezembro foram retiradas do meio ambiente 6,776 mil toneladas. Somente no mês de dezembro, as unidades de recebimento mato-grossenses encaminharam ao destino final ambientalmente correto (reciclagem ou incineração) 594 toneladas de embalagens vazias.

O levantamento mostra ainda que o volume destinado de janeiro a dezembro do ano passado ano cresceu 17% em relação ao mesmo período de 2008 (quando foram destinadas 5.794 toneladas de embalagens).

Os bons índices conquistados pelo sistema de destinação final no Mato Grosso são possíveis graças a ações conjuntas que envolvem agricultores, distribuidores e cooperativas, indústria e poder público, representado no Estado pelo Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea) e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema).

BRASIL - Referência mundial na destinação de embalagens vazias de defensivos agrícolas, o Brasil encerrou 2009 com volume 18% maior que o retirado do meio ambiente em 2008. De janeiro a dezembro do ano passado, as mais de 400 unidades de recebimento do país processaram 28,771 mil toneladas de embalagens, enquanto que no mesmo período de 2008, foram 24.415 toneladas.

Ainda de acordo com o inpEV, nos últimos oito anos 136 mil toneladas de embalagens vazias foram descartadas corretamente por meio do sistema brasileiro de destinação.

DEFENSIVOS – O ótimo desempenho de Mato Grosso foi alcançado mesmo com o incremento de 10% no consumo de defensivos agrícolas em relação à safra passada. Levantamento da Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários mostra que em cifras, o mercado de defensivos agrícolas de Mato Grosso movimentou US$ 1,10 bilhão na 2009/10, quase 20% do faturamento registrado por todo o país, US$ 6,30 bilhões.

A indústria de defensivos agrícolas no Brasil trabalha com um cenário positivo em 2010 devido as estimativas de crescimento na economia mundial e no PIB (Produto Interno Bruto) nacional, que deve crescer entre 5% e 6% segundo previsões da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef).

Na avaliação do presidente da Andef, João Lammel, o impacto da crise refletiu diretamente no setor de defensivos agrícolas. "As vendas, em dólar, devem encerrar a safra com retração entre 10% e 15%", estima. Segundo ele, a comercialização no setor foi prejudicada por alguns fatores macroeconômicos, como a crise, que afetou todo o mercado mundial e, no mercado interno, a desvalorização do câmbio, já que produtos importantes da agricultura brasileira são cotados em dólar. Em 2008, as vendas do setor como um todo, incluindo as empresas que comercializam os produtos genéricos, somaram US$ 7,125 bilhões.

Apesar do bom cenário para 2010, Lammel sugere para a agricultura que se avalie as perspectivas com certa "cautela". De fato, entre as principais culturas, o algodão se manterá praticamente estagnado e o milho sofrerá redução, de acordo com projeções do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).






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